Não erre no uso dos faróis
Para garantir condução segura, intensidade da iluminação deve ser regulada conforme cada situação
Ligar o farol dos veículos durante a noite é essencial para dirigir com mais segurança. Entretanto, é preciso tomar cuidado com a regulagem da função, já que cada situação exige um tipo de iluminação diferente. Paulo Guimarães, diretor técnico do Observatório de Segurança Viária, explica que o uso do componente é primordial para evitar acidentes. “O farol funciona como um indicador de distância e velocidade, e sua correta utilização diminui significativamente o número de atropelamentos”, relata.
Vale lembrar que o farol é de uso obrigatório. O artigo 250 do Código Brasileiro de Trânsito prevê penalidade aos motoristas flagrados dirigindo sem iluminação baixa nas seguintes situações: durante à noite, dentro de túneis, se for um veículo de transporte coletivo e estiver circulando em faixas exclusivas ou se for um ciclomotor. A lei também indica que o condutor deve acender, pelo menos, as luzes de posição em situações de chuva forte, neblina ou cerração, caso contrário pode receber multa de R$ 85,13 e quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Quanto aos motociclistas, estes devem circular sempre com o farol ligado, tanto durante o dia quanto à noite. A infração para quem desrespeita a lei é considerada gravíssima, e rende multa de R$ 191,54. De quebra, o condutor ainda tem a CNH suspensa por um período de um a três meses.
Funções do farol
A função lanterna é aquela luz mais fraca, que serve para indicar a presença do carro. Ela deve ser usada (mesmo durante o dia) em casos de chuva forte, neblina ou cerração. “A luz reflete nas gotículas de água da neblina, por isso, nessas situações, é importante que o motorista ligue apenas a lanterna ou o próprio farol de neblina.” explica Guimarães.
A iluminação mais fraca também deve ser ativada quando o veículo estiver parado para embarque/desembarque ou carga/descarga no período noturno.
O tipo de iluminação mais usado durante à noite é a luz baixa. Ela é forte o bastante para que o motorista enxergue a via, mas sem atrapalhar a visão de quem roda na direção oposta.
Já a iluminação alta é usada quando o condutor precisa enxergar grande parte de uma via mal iluminada. Entretanto, é importante que ele redobre a atenção e reduza a luz se algum carro aparecer no sentido contrário. É importante salientar que o mau uso do farol alto pode causar sérios acidentes, já que a forte claridade faz com que as pessoas que estão de frente para ela percam a visão por alguns segundos.
“O motorista também pode usar o farol alto para sinalizar ultrapassagens, basta piscar a luz para o motorista da frente”, diz Guimarães. O pisca alerta, por sua vez, só deve ser utilizado em situações de aviso. Ele serve para indicar que o automóvel está parado ou passando por uma situação de emergência.
Acendimento automático
Alguns veículos contam com sistemas de acendimento automático dos faróis, mas Guimarães ressalta que é necessário sempre checar se eles estão de acordo com o momento. “O recurso normalmente capta bem a ausência de luz, mas é preciso ficar atento e conferir se o farol está realmente ligado”, explica.
O condutor também deve se atentar à falsa impressão de faróis acesos. Isso porque alguns carros contam com painéis extremamente iluminados, podendo passar a sensação de que a função já está ligada.
Xenon
A lâmpada de xenon é conhecida por sua tonalidade branca e pelo alcance longo da iluminação. De acordo com a resolução 384 do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), apenas veículos que vêm de fábrica com faróis de xenon podem circular livremente.
“Isso acontece porque o xenon de fábrica passa por um controle de qualidade rigoroso. Quase sempre os acessórios que não são originais descumprem as normas da legislação”, afirma o diretor técnico do Observatório de Segurança Viária. Se essa regra não for seguida, o condutor pode receber uma multa de R$ 127,69 e ainda perdr cinco pontos na CNH.