Motociclistas em apuros! Furto e roubo de motos têm nova alta; confira os locais de maior ação

Todos os dias são registrados, em média, 100 casos de furto e roubo de motos no Estado de São Paulo. Este ano, a alta já passa dos 7%.

Todos os dias são registrados, em média, 100 casos de furto e roubo de motos no Estado de São Paulo.

Nos seis primeiros meses deste ano, ocorreu uma alta de 7,14% nos casos, na comparação com o mesmo período de 2022. Confira as cidades e bairros mais perigosos para circular com a sua motocicleta.

Saiba aonde o furto e o roubo de motos são mais frequentes

Motos de grande como a BMW R 1200 GS são as mais visadas pelos criminosos (Foto: Divulgação/BMW Motorrad)

Foram 18.292 eventos entre janeiro e junho de 2023, contra 17.073 entre janeiro e junho de 2022.

O crescimento foi impulsionado pelos furtos, que aumentaram 16,24%.

Foram 13.071 ocorrências, no primeiro semestre de 2023, e 11.245 em igual período de 2022. Os dados estão no Boletim Tracker-Fecap, que acaba de ser divulgado.

Os roubos (quando a moto é subtraída mediante ameaça e/ou violência) recuaram 10,42%.

Foram 5.221 nos seis primeiros meses de 2023, contra 5.828 em igual período de 2022.

Motos de alta cilindrada passam a ser mais visadas

O Estado de São Paulo registra uma média de mais de quatro motos acima de 600 cilindradas roubadas ou furtadas por dia.

Entre janeiro e junho foram registrados 794 boletins de ocorrência. No mesmo período do ano passado, foram 400.

Quando o número é comparado com o segundo semestre de 2022, o total registrado neste ano é 16,59% maior

Nesta categoria de motos grandes, os roubos são mais comuns do que os furtos, ao contrário do que ocorre com as motos de baixa cilindrada. 

“Isso está atrelado a utilização da motocicleta. O proprietário costuma utilizar estes modelos para o lazer.

Portanto não deixa o veículo estacionado nas ruas, local onde normalmente acontecem os furtos.

As motos grandes ficam nas garagens ou em estacionamentos fechados. Paralelo a isso, esses modelos são mais utilizados aos fins de semana, momento em que o proprietário é abordado pelos bandidos”, explica o coordenador do Comando de Operações do Grupo Tracker, Vitor Corrêa.

Houve um aumento de 83,53% nas ocorrências de roubo, no primeiro semestre de 2023, em comparação com o mesmo período de 2022.

Ao comparar os dois semestres de 2022, percebe-se um aumento de 70% no número de roubos, no segundo semestre, em relação ao primeiro. 

“E, mesmo com o drástico aumento de roubos no segundo semestre de 2022, o primeiro semestre de 2023 conseguiu superá-lo com um aumento de aproximadamente 8,11%.

A situação dos roubos de motocicletas de alta cilindrada no Estado de São Paulo tem se agravado consistentemente desde 2022”, analisa o coordenador do Departamento de Pesquisas em Economia do Crime da Fecap, Erivaldo Costa Vieira.

Veja aonde é mais perigoso utilizar a moto

Motociclista deve ter em mente o alto risco de pilotar na cidade de São Paulo (Foto: DIvulgação/Honda Motos)

A cidade de São Paulo lidera o ranking com um total de 293 ocorrências, seguido por Campinas (37) e Guarulhos (25).

O mapa das cidades mais perigosas compreende uma vasta área geográfica, desde centros urbanos até áreas mais afastadas.

  1. São Paulo – 293
  2. Campinas – 37
  3. Guarulhos – 25
  4. Sumaré – 19
  5. São Bernardo do Campo – 19
  6. Cotia – 14 
  7. Diadema – 13
  8. Itapecerica da Serra – 13
  9. Santo André – 12
  10. Osasco – 9

O levantamento também traz a relação dos bairros  da capital paulista com maior registro de ocorrências:

  1. Itaim Bibi – 11
  2. Santo Amaro – 9
  3. Vila Andrade – 8
  4. Morumbi – 8
  5. Tatuapé – 8
  6. Butantã – 7
  7. Vila Sônia – 6
  8. Vila Olímpia –6
  9. Pirituba –6
  10. Vila Prudente – 6

Com tantos casos de furto e roubo de motos no Estado de São Paulo, é preciso sempre estar atento.

Porém, a segurança do motociclista vai muito além da preservação do patrimônio. Então, aproveite e confira algumas dicas de segurança durante a pilotagem.

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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