Montadoras voltam a parar devido lockdown na Malásia; entenda

Dois problemas sérios estão atrapalhando a produção de veículos atualmente. Estamos falando da pandemia da Covid-19 e a falta de semicondutores – componente bastante importante em um carro. E parece que ambos podem atrapalhar a vida das fabricantes brasileiras ainda mais. A Malásia, um dos países que mais produzem semicondutores, entrou em lockdown e algumas montadoras voltam a parar.

Montadoras
Fábrica da VW em Taubaté-SP (Foto: Divulgação/Volkswagen)

Montadoras voltam a parar devido lockdown na Malásia

A principal causa disso é o aumento de casos do novo coronavírus. Por lá, a pandemia se agravou muito nos últimos tempos. No começo desta semana, o agora ex-primeiro ministro do País, Muhyiddin Yassin, renunciou ao cargo.

Segundo o jornal Estado de São Paulo, uma das montadores que serão afetadas pela crise é a Volkswagen. A marca alemã planeja suspender as atividades de uma de suas linhas de produção.

No caso, estamos falando da fábrica localizada em Taubaté. A publicação conta que os funcionários do local devem ganhar dez dias de férias coletivas. Ela começaria no próximo dia 30.

O Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté confirmou a informação que a principal causa é realmente o lockdown decretado pelo governo do País asiático. Ele fez com que as fronteiras fosse fechadas.

Montadoras
VW Voyage (Foto: Divulgação/Volkswagen)

O pedido de férias coletivas foi protocolado no local. Entretanto, a VW não garante que irá usá-lo, visto que é possível que algumas mudanças aconteçam. Mesmo assim, já está registrada a possibilidade disso acontecer. Agora resta saber quando a produção do Gol e do Voyage terão que ser suspensas.

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Os dois veículos tiveram um bom volume de vendas nos último balanços de vendas. O hatch compacto, por exemplo, ficou apenas atrás do T-Cross e do Nivus.

Montadoras
VW Gol (Foto: Divulgação/Volkswagen)

E não seria a primeira vez que algo parecido aconteceria no local. Cerca de 800 funcionários ficaram em casa até a última segunda-feira (16/08). Anteriormente, em junho, a fabricante já tinha feito o mesmo. No mês seguinte, uma paralisação maior.

Um período de férias coletivas começou no dia 12 e teve duração de 20 dias. Entretanto, alguns funcionários tiveram uma extensão de mais dez dias.

Fábrica de São Bernardo só volta no fim do mês

VW em São Bernardo do Campo-SP (Foto: Divulgação/Volkswagen)

Não é só a planta localizada no interior do estado de São Paulo que enfrenta problemas. Em um dos turnos da linha de produção de São Bernardo do Campo-SP, as férias coletivas continuam.

Elas tiveram início no dia 19 de junho e irão durar até o dia 28 de agosto. Vale lembrar que os funcionários do local poderiam ter voltado antes, mas a marca decidiu adiar por mais alguns dias.

Outras montadoras

Fábrica da Toyota em Porto-Feliz-SP (Foto: Divulgação/Toyota)

A crise dos semicondutores atingiu em cheio o mercado brasileiro. Várias montadoras sofrem ou já sofreram com o problema. No começo desta semana, tivemos a volta de uma parte da fábrica da Chevrolet, em Gravataí-RS. Por lá, a produção do Onix e do Onix Plus ficou parada entre abril e agosto. Ela foi uma das mais prejudicadas.

A Fiat também sofreu. Os funcionários do Polo Automotivo de Betim-SP ficaram cerca de dez dias de férias coletivas. A volta também aconteceu no último dia 16.

Nesta quarta-feira, serão os colaboradores de duas instalações da Toyota que enfrentarão o regime. Neste caso, estamos falando das fábricas de Sorocaba-SP e de Porto Feliz-SP (apenas motores). Eles voltarão no dia 27. Mesmo dia em que a fábrica de automóveis de passeio da Renault retornarão.

 

 

Pedro Giordan
Pedro GiordanJornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.
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