Montadoras tradicionais que se cuidem, nova marca chinesa de carros elétricos visa a liderança

Uma nova marca chinesa está tomando a frente na eletrificação dos carros no Brasil. O relatório “A Guerra das Correntes”, publicado pela gestora independente Kinea, revela como anda concorrência de carros elétricos no país.

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Este é o Dolphin. Carro da marca chinesa BYD que vendeu 1.254 unidades em sete dias no Brasil. Foto: Divulgação

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BYD é a marca chinesa que vai liderar a categoria de carros elétricos no Brasil

A princípio, a greentech BYD aparece como destaque em termos de eletrificação na mobilidade, em análise que compreende desde os nomes mais tradicionais no segmento automotivo até as novas marcas.

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Um dos fatores importantes na avaliação envolve o modelo verticalizado da companhia para a produção de automóveis.

“Em primeiro lugar é uma empresa integrada na produção dos automóveis e baterias, com sinergias e ganhos de escala durante todo o processo, o que permite que a empresa traga produtos de qualidade a preços competitivos nesse mercado”, destaca o relatório.

Os países em destaque

De acordo com o documento, dois países estão se destacando e competindo pela supremacia de fontes de energia sustentáveis:

Estados Unidos, que através da Tesla teve papel fundamental na massificação dessa nova tecnologia.  Além dele, a China, sede da BYD, a maior empresa do mundo na produção e venda de carros híbridos e elétricos, também tem grande influência no setor.

Ainda segundo a Kinea, “a empresa (BYD) tem fortes planos de expansão, tanto de sua capacidade de produção de veículos quanto de baterias. Com esse movimento, a BYD vem ganhando participação de mercado não apenas na China, mas também no mercado global”.

Apenas no mês de junho deste ano, a BYD vendeu 253.046 veículos eletrificados, um crescimento de 88,2% em relação ao ano anterior. No total, a venda de veículos eletrificados da BYD já ultrapassou a marca 4,6 milhões de unidades comercializadas.

Montadoras tradicionais precisam ligar o alerta

Enquanto algumas montadoras tradicionais estudam sair do país, a exemplo da Ford, as chinesas chegam. A GWM já tem fábrica em Iracemápolis – SP, onde vai iniciar a produção do Haval e da picape Poer. A BYD, comprou a fábrica de Camaçari para iniciar a produção do seu portfólio.

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Embora os modelos a combustão sejam maioria, eletrificados ganham espaço. Foto: Divulgação BYD

Carros elétricos mais baratos

Quando esses carros estiverem prontos, sairão da fábrica mais baratos, uma vez que não terá custos e impostos sobre a importação. E o que vai acontecer com as tradicionais?

A maioria ainda insistem nos modelos a combustão ou trazem para o Brasil elétricos caros, com pouca autonomia ou que estão sendo descontinuados em outros países, como é o caso do GM Bolt EV.

Por muito tempo elas acreditaram que não estávamos preparados para os carros eletrificados, mas a realidade é outra. Modelos acima de R$ 200 mil com vendas recordes, como o GWM Haval H6. Ou ainda o Dolphin, que foi lançado recentemente e bateu recordes de vendas em poucos dias.

Certamente, é um cenário em que as fabricantes precisam buscar uma solução rápida, tendo em vista que as chinesas não estão para brincadeira.

Robson QuirinoSou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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