A Volkswagen desistiu de suspender parte da produção da fábrica de Taubaté, no interior paulista, diante do plano do governo, anunciado na semana passada, de desoneração de impostos federais dos automóveis. A montadora comunicou ao Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região (Sindimetau) a decisão de suspender o layoff dos trabalhadores que estava programado para este mês, cancelando a paralisação fabril.
Paralisação fabril afetaria a produção do carro mais barato da marca
No início de maio, a montadora alemã havia protocolado, junto ao Sindimetau, o aviso de que iria aplicar um layoff – ou seja, a suspensão temporária dos contratos de trabalho, flexibilização que está prevista em acordo coletivo firmado entre empresa e sindicato – para cerca de 800 trabalhadores da linha de produção, por um período de dois a cinco meses.
A medida havia sido planejada frente a um panorama de vendas fracas, em consequência das altas taxas de juros que incidem sobre os contratos de financiamento de veículos, que afastam boa parte do compradores.
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Dada a expectativa de reação do mercado a partir dos descontos de até 10,96% previstos no preço dos carros de até R$ 120 mil, a VW resolveu continuar com os dois turnos de produção.
Em Taubaté, a empresa produz o VW Polo Track, sucessor do Gol e modelo mais barato do seu portfólio, além do novo VW Polo, empregando um total de cerca de 3.000 trabalhadores. O modelo está entre os 33 que serão beneficiados pelo programa do governo, cujos detalhes são aguardados para os próximos dias. Os descontos vão variar de acordo com de critérios de eficiência energética, conteúdo local e preços.
“Isso atinge diretamente a nós trabalhadores e o produto que temos aqui na fábrica de Taubaté. Foi uma discussão do movimento sindical juntamente com o governo federal e as montadoras. Agora, já começamos a ver os resultados”, afirma o presidente do Sindimetau, Claudio Batista. “[A medida governamental] é muito importante para os trabalhadores e trabalhadoras. O que nós queremos é que a produção fique efetiva, tendo a garantia dos nossos empregos”, ressalta.
