Mitsubishi admite falsificação em testes de consumo de combustível

Manipulação atingiu, pelo menos, 625 mil veículos pequenos vendidos no Japão

Depois do escândalo da Volkswagen no ano passado – a empresa está envolvida na falsificação de resultados de emissões de poluentes nos Estados Unidos -, agora foi a vez da Mitsubishi Motors Corporation se envolver em polêmicas. A montadora admitiu ter adulterado testes de consumo de combustível. Os dados manipulados indicavam um nível de rendimento de energia maior do que o real, e atingiu, pelo menos, 625 mil veículos pequenos vendidos no mercado japonês, incluindo alguns modelos da Nissan. Por enquanto, as vendas e a produção desses automóveis estão suspensas.

O teste, que não seguia os padrões estipulados pela legislação do Japão, foi aplicado nos modelos Mitsubishi eK Wagon e eK Space. Ele também foi usado no Dayz e no Dayz Roox, fabricados pela Mitsubishi e distribuídos pela Nissan desde 2013. Os dois primeiros venderam 157 mil unidades até o mês de março deste ano, enquanto os outros totalizaram 468 mil unidades comercializadas no mesmo período.

A manipulação de resultados foi descoberta durante a parceria entre Mitsubishi e Nissan para o desenvolvimento de uma nova geração de carros pequenos. Segundo a empresa, a Nissan examinou os resultados dos testes de consumo de combustível e constatou erros. Ao pedir para a Mitsubishi checar os dados, foi descoberto que a resistência ao rolamento (gerado principalmente pelos pneus) e a resistência do ar enquanto os veículos estão se movendo forneciam taxas mais vantajosas do que as reais.

“A Mitsubishi Motors Corporation agiu rapidamente e decisivamente. Nós entendemos que esse problema é de grande interesse aos consumidores. Eu gostaria de ressaltar que até agora não há evidências de que os mercados do Reino Unido e da Europa foram afetados”, afirma Lance Bradley, diretor-gerente da Mitsubishi Motors do Reino Unido.

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