Mitos e verdades sobre viagens de avião

Voar de avião pode despertar uma série de dúvidas até nos viajantes mais experientes. É verdade que a aeronave consegue voar apenas com um motor funcionando? Pássaros sugados acidentalmente pelas turbinas podem derrubar o avião? Decolagem e a aterrissagem são os momentos mais perigosos da viagem?

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A psicóloga Fernanda Queiroz, cofundadora da VOE Psicologia, primeira empresa especializada no tratamento do medo de voar, percebeu que muitos de seus pacientes alimentam dúvidas sobre viagens de avião. As mais populares foram classificadas como verdadeiras ou falsas. Confira:

Mitos e verdades sobre viagens de avião

1. Avião pode voar com um motor só?

Verdade. Para mantê-los no ar em constante movimento, os aviões comerciais modernos são equipados com dois ou mais motores. Caso haja uma pane em algum motor, o outro assume toda a sustentação da aeronave e passa a exercer um pouco mais de força para compensar essa falta.

2. O pouso e a decolagem são mais os momentos mais perigosos?

Verdade. Embora os acidentes sejam raros, o pouso e a decolagem são os momentos em que os pilotos têm menos tempo de decisão para manobras de emergência. Estatísticas divulgadas pela Boeing (2009) mostram que 43% dos acidentes com vítimas acontecem durante a fase de decolagem, desde a aceleração do avião na pista até a chegada à altitude de cruzeiro. O momento da descida e do pouso correspondem a 41% dos incidentes. Ainda segundo o levantamento da Boeing, apenas 16% dos desastres fatais são registrados durante o voo de cruzeiro, quando o avião está com altitude e velocidade estabilizadas.

3. Pássaros podem derrubar um avião?

Depende. Grandes aves podem causar sérios danos e até derrubar uma aeronave. Isso só aconteceria se o choque fosse no motor ou na turbina com força suficiente para causar estragos nas palhetas, que são as hélices que sugam o ar. Partes do animal e das hélices podem entrar no motor, fazendo com que a turbina pegue fogo e pare de funcionar. Mas não se preocupe! Acidentes com grandes aves não são comuns, já que as turbinas podem suportar colisões com objetos de até 3,6 kg (o urubu, por exemplo, pesa 1,5 kg). Além disso, os aviões voam a altitudes muito maiores do que as alcançadas por pássaros.

4. A porta do avião pode ser aberta em pleno voo?

Mito. As portas só podem ser abertas se a pressão no interior e no exterior da aeronave for virtualmente a mesma, algo impossível durante um voo comercial.

5. Um raio pode derrubar um avião?

Mito. Tempestades e raios não aumentam o risco de acidente, já que a aeronave é preparada para este tipo de situação. Se uma descarga elétrica atingir o avião, o máximo que pode acontecer é danificar o sistema, mas não chega a comprometer a segurança. Caso isso aconteça, uma inspeção completa será realizada logo depois da aterrissagem.

6. O meio do avião é mais seguro no caso de queda?

Mais ou menos. Com base nos dados da agência que regula a aviação civil nos Estados Unidos (a FAA), a revista Time divulgou um levantamento que mostrou mais segurança na parte traseira do avião e na poltrona do meio. Entretanto, não se trata de uma regra e tudo depende das causas e circunstâncias do acidente.

7. O assento vira uma boia?

Verdade. Muita gente acredita que os avisos sobre os assentos flutuantes, que permitiriam um pouso na água, não passam de um artifício para manter a tranquilidade dos passageiros. É importante destacar que eles funcionam e possuem certificação de órgãos competentes, podendo suportar pesos acima de 100 Kg.

8. Celular ligado pode derrubar o avião?

Mito. Este é um assunto bastante debatido no setor aéreo. Segundo relatório de 2014 da Agência Europeia para Segurança da Aviação, dispositivos eletrônicos não representam risco para a segurança, ficando a cargo da companhia aérea liberar ou não o uso a bordo. Atualmente, diversas empresas, como Emirates, Virgin e British Airways, oferecem serviços de chamadas durante voos.

Agora que você sabe quais são os principias mitos e verdades sobre aviões, veja uma galeria com os mimos de quem voa na primeira classe:

Escrito por

Maria Beatriz Vaccari