Combustível, bateria e pneus: saiba como fazer a manutenção veicular durante a pandemia

Desde o início da pandemia, os veículos estão rodando muito menos do que normalmente faziam e isso preocupa. Veículos parados são passíveis de problemas.

Por Hélio da Fonseca Cardoso* 

Desde o início da pandemia, os veículos estão rodando muito menos do que normalmente faziam e isso preocupa. Modelos parados, ao contrário do que muitos pensam, são passíveis de problemas que podem aparecer assim que voltarem a rodar normalmente.

Quer ganhar um e-book exclusivo com dicas para cuidar melhor de seu veículo? Assine nossa newsletter neste link.

Manutenção veicular durante a pandemia

Combustível

O primeiro, e talvez o mais importante, é que o combustível que está no tanque tem vida útil e ao longo do tempo degrada-se e pode provocar danos ao motor. Desta forma, é conveniente que se utilize o combustível que está no tanque sem reposição se não for utilizar o veículo ou for rodar pouco e que o abastecimento aconteça de forma gradual.

LEIA MAIS: Delivery na pandemia: manutenção das motocicletas é fundamental para o serviço
Regulagem dos freios de veículos pesados: saiba como funciona e o tipo de manutenção

Bateria

Outro ponto importante é a bateria. Mesmo sem utilização, os veículos modernos têm elementos elétricos e eletrônicos que ficam consumindo energia da bateria, ainda que o veículo esteja desligado, o que faz com que a carga da bateria diminua progressivamente.

Por isso é recomendado rodar com o veículo pelo menos por alguns quilômetros para manter a carga em níveis aceitáveis. É conveniente, ainda, falar que alguns equipamentos eletrônicos têm funcionamento irregular quando a carga da bateria está baixa e podem apontar defeitos que não existem, sendo apenas uma deficiência da energia vital da bateria.

Pneus

Outros componentes que sofrem com a parada do veículo por tempo prolongado são os pneus, que pela perda de pressão podem ficar achatados e, dependendo da situação, nunca mais voltar ao normal. Neste caso é recomendado que se rode com o veículo, mesmo que por poucos quilômetros, e que se observe a calibração de acordo com o recomendado pelo fabricante.

É importante salientar, também, que a calibração dos pneus deve ser efetuada sempre com os pneus frios, sendo que o veículo poderá rodar até três quilômetros para este serviço. Após essa quilometragem, não se deve efetuar a verificação da pressão.

Ainda sobre a pressão correta, esqueça aquela informação nos postos de combustível de que o ideal é por 30 libras nos quatro pneus. Normalmente a pressão não é igual para todos os pneus. Lembre-se, também, de calibrar o estepe, quando existir, a pressão do sobressalente deve ser a maior recomendada entre os quatro pneus. No limite, quando o veículo ficar muito tempo parado, é conveniente que se utilizem cavaletes para levantá-lo e evitar deformações.

Limpeza

De maneira geral, a limpeza do veículo como um todo deve ser realizada periodicamente. Pó, fezes de pássaros e outras sujidades podem impregnar na pintura com difícil remoção. Outra dica é que o veículo encerado é mais fácil de se manter sem pó.

Revisões

O período também é propício para manter as revisões em dia, já que as concessionárias autorizadas estão abertas, em sua maioria. Isso também pode ser feito em uma oficina de confiança.

Óleo

Por último, é conveniente lembrar que a troca do óleo nos períodos recomendados é essencial para o prolongamento da vida do motor do veículo. Note que a troca deve ser efetuada na quilometragem recomendada ou no tempo recomendado. Normalmente 10.000 km ou um ano, o que primeiro ocorrer.

O óleo do motor, assim como o combustível, tem vida útil, perdendo suas características principais, ou seja, de lubrificar e reduzir a temperatura interna do motor. Lembre-se que as características do óleo devem ser aquelas que constam do manual do proprietário e que a alteração provocará danos irreversíveis internamente. Óleo sintético só é bom para motores para os quais sejam especificados.

*Hélio da Fonseca Cardoso é engenheiro mecânico, membro da comissão Técnica de Segurança Veicular da AEA (Associação Brasileira de Engenharia Automotiva) e escritor.

Escrito por

Erica Franco

wpDiscuz
Sair da versão mobile