Manutenção de carros elétricos sai mais caro para seguradoras; saiba motivos
A manutenção de carros elétricos pode custar bem mais caro para as seguradoras no comparativo com veículos a combustão.
De forma geral, a manutenção de carros elétricos é mais simples, uma vez que envolve menos componente no comparativo com os carros a combustão. No entanto, em caso de batidas e colisões a situação muda de cenário e os reparos podem custar caro para as seguradoras. Entenda os detalhes.
Carros elétricos: manutenção dos veículos pode custar caro para as seguradoras
Uma pesquisa realizada pela CCC Information Services nos Estados Unidos informou que os reparos de carros elétricos podem custar até 53% mais caro do que os veículos a combustão para as seguradoras, mesmo que de forma geral os carros a combustão possuam mais componentes envolvidos na parte mecânica e consequentemente tenham manutenção mais cara.
Parece confuso, mas não é. É certo que os carros a combustão passam por manutenções mais frequentes e têm um número de peças bem maior no comparativo com o sistema elétrico que é mais simples e dispensa o uso de fluidos.
Dessa forma, no dia a dia a conta realmente faz com que os carros elétricos tenham manutenções mais econômicas. No entanto, em caso de batidas e colisões a história muda de cenário, algo que prejudica as seguradoras, por exemplo.
Em caso de reparos mais significativos, o sistema do carro elétrico pode gerar maior custo de manutenção para as empresas de proteção automotiva.
Conforme exibe os resultados da pesquisa, um dano na dianteira de um veículo 100% elétrico de uma marca mais tradicional pode gerar um custo de reparo de em média US$ 4 mil, cerca de R$ 21 mil, ou seja, 27% a mais no comparativo com o mesmo reparo feito em um carro a combustão.
Já em um cenário onde o veículo é um SUV de luxo, o mesmo reparo no carro pode ter um custo de US$ 8 mil, algo em torno de R$ 43 mil, um percentual 53% maior no comparativo com SUV de luxo com motores a combustão.
Porém, a própria CCC Information Services alega que tal comparação não deve ser considerada à risca, uma vez que os carros usados para análise não são os mesmos.
Para que a pesquisa tenha dedos concretos o ideal é comparar veículos iguais disponíveis em configurações de motorização a combustão e elétrica, como o Renault Kwid que é vendido no Brasil. O subcompacto da montadora francesa é comercializado com ambas as especificações.
Sobre esse tema, Susanna Gosch, analista de indústria na CCC, explica que “ a dificuldade é encontrar comparações corretas. A maior parte dos elétricos nas ruas dos Estados Unidos são Teslas, que não tem versões a combustão para ser comparadas”, algo que deixa os resultados incertos.
3 fatores são responsáveis por encarecer os reparos de carros elétricos
A pesquisa aponta que são três fatores os principais responsáveis por encarecer a manutenção dos modelos.
O primeiro deles é a estrutura das oficinas que aos poucos se adaptam ao novo serviço, com a aquisição de material e profissionais qualificados.
Além disso, o conjunto de baterias, o principal componente que encarece um carro elétrico também interfere na manutenção do veículo.
E por fim, a quantidade se sensores usados nos modelos que estão cada vez mais tecnológicos e que dispõem de tecnologia de direção autônoma em determinado nível.
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.