Lenda urbana fez milhares de crianças terem pânico do Opala

O Chevrolet Opala, um dos modelos mais tradicionais do Brasil, chegou ao país na década de 60, mas não possui só histórias positivas. Veja.

Quem nunca ouviu falar do Opala, que atire a primeira pedra. Um dos modelos mais tradicionais do Brasil, o modelo da Chevrolet chegou ao país a partir da década de 60 e coleciona histórias por aqui.

No entanto, nem todas elas são de viés positivo, visto que o sedã já foi personagem de narrativas de horror.

Modelo possui traços característicos que são lembrados pelos amantes de automóveis até os dias atuais (Foto: Divulgação/The Garage)

Opala foi ”personagem” pontual de novela global nos anos 90

Já faz algum tempo que os automóveis passaram a ser utilizados na televisão, como forma de propaganda oferecida pela marca através de acordos comerciais.

Mais do que isso, também não é nova a ideia de introduzir abertamente os modelos famosos de carros em telenovelas como forma de divulgação ou mesmo retratação da realidade.

No entanto, geralmente os veículos são utilizados para enaltecimento de seus atributos, o que porém, não exime sua participação em eventos passíveis de acontecer no cotidiano nacional.

Neste contexto, nos anos 1990 o Chevrolet Opala, que tinha muito mais apelo junto à sociedade do que atualmente, acabou sendo peça chave de uma trama global.

Moderno para a época e dono de elementos distintos para o setor automotivo na ocasião, o sedã foi protagonista não só de comerciais de TV da marca, mas também marcou com participação efetiva na novela Explode Coração, de 1995.

Mesmo que o modelo não tenha sido explicitamente exposto, não foi difícil à época (nem atualmente) identificar qual modelo estava causando vários desdobramentos na trama.

Papel de vilão rendeu fama sinistra

Durante a novela Explode Coração que foi ao ar de 1995 a 1996, na TV Globo, criou-se uma lenda em torno do Chevrolet Opala, por conta de como o modelo era usado na dramaturgia brasileira.

Na trama, o Opala (preto, para dar ar sombrio) era utilizado para um fim aterrorizante: sequestrar crianças.

No episódio mais emblemático desta história, o modelo foi utilizado para raptar um dos principais personagens da novela, o garoto Gugu, interpretado pelo ator Luiz Cláudio Júnior.

Desta maneira e pelo contexto que a obra trazia (com o forte apelo à causa de crianças desaparecidas na época), o modelo gerou uma espécie de terror coletivo, sobretudo no público mirim, assim como em seus pais.

Cena icônica gerou repercussão impactante em torno do Opala (Foto: Reprodução)

Escrito por

Gervásio Henrique

Jornalista com maior experiência profissional no setor automotivo. Atualmente redator do Grupo Gridmidia com foco no portal Garagem360. Temas como: mobilidade, serviços e setor de caminhões estão entre as preferências.

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