O Land Rover Defender possui uma longa tradição. Ele foi lançado em meados dos anos 1980 e se tornou um ícone dos aventureiros. Recentemente, uma reestilização o deixou mais moderno e forte. Depois das versões híbridas, chegou a vez da montadora britância investir em outra tecnologia para o modelo: uma versão movida a hidrogênio.
Land Rover Defender vai ganhar uma versão a hidrogênio em breve
Chamado de Defender FCV, o protótipo consiste em criar uma versão do veículo com emissões zero. Isso vai de encontro com os planos do grupo Jaguar Land Rover (JLR; duas empresas que tem como dona a Tata Motors) de se tornar uma marca neutra em emissão de CO2. Isso poderá acontecer até 2039.
Caso o veículo seja lançado, será mais um com “tecnologias verdes” do grupo. O próprio Defender possui um modelo híbrido. Dentre os 100% elétricos, destaque para o Jaguar I-Pace.
De acordo com a montadora, os testes terão início ainda em 2021. A construção deste conceito é uma das partes do “Projeto Zeus”. Ele tem como objetivo o estudo e o desenvolvimento de tecnologias de células de combustíveis. A marca acredita que esse tipo de combustível traz algumas vantagens para veículo, entre elas:
- Alta densidade energética
- Recarga rápida
- Perda de autonomia minima em baixas temperaturas
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Ou seja, antes de começar a ser produzido em série, os engenheiros farão bastante testes para entender como os motores a hidrogênio podem ser melhorados . O objetivo é oferecer uma perfomance ideal para os clientes, melhoras na autonomia e recarga, além de testar a capacidade off-road do veículo.
Para ajudar nos estudos, a Jaguar Land Rover tem parceria com outras empresas. A Delta Motorsport, a AVL e a Marelli Automotive System são algumas delas.
Funcionamento
O sistema de alimentação criado pela JLR é composto, acima de tudo, por
- dois tanques de alta pressão (localizados abaxo do veículo; eles irão armazenar o hidrogênio e alimentar com ele a célula);
- uma bateria (durante as frenagens, ela entra em ação para recuperar a energia) ;
- pilha de combustível.
Como podemos ver na imagem acima, essa última estará localizada perto da entrada de ar. Será ela que irá puxar o ar que seguirá direto para a célula. Chegando lá, ela vai se misturar com o hidrogênio passado pelos tanques.
Daqui um tempo, poderão existir cerca de 10.000 postos para abastecer os 10 milhões de veículos à hidrogênio que irão existir. Os dados são da International Energy Agency (iEA). Algumas marcas como a Honda (com o FCR) e a Toyota (com o Mirai) já encararam o desafio.
