Jeep Renegade deixa de ter versão PcD; público vai sentir aumento de R$10 mil no bolso
O Jeep Renegade era uma das opções que condutores com deficiência (PCD) tinha ao escolher o próprio carro no mercado. Era.
O Jeep Renegade era uma das opções que condutores com deficiência tinha ao escolher o próprio carro no mercado. Era. Após a lei no estado de São Paulo ser alterada e passar a exigir que as versões PCD também atendessem o público geral, o Jeep Renegade decidiu tirar sua versão PCD do mercado. A decisão passa a valer a partir do dia 1º de novembro deste ano.
A decisão da Jeep foi amplamente divulgada após um comunicado enviado para funcionários da marca ter sido vazado. Nele, a Jeep informa que o versão para PCD, também conhecida como “10x”, não será mais vendida a partir de novembro. Serão atendidos apenas os pedidos realizados até o dia 30 de outubro.
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“A comercialização da versão 1.8 AT do Jeep Renegade, direcionada exclusivamente ao público PCD, foi suspensa, sem data determinada de volta, devido a alguns fatores importantes: a falta de revisão no valor do teto para isenção de ICMS, que está desde meados de 2007 em R$ 70 mil reais, enquanto os custos desde então aumentaram substancialmente; a degradação do cenário cambial ao longo dos últimos meses, que pressionou os custos e fornecedores; além do decreto 65.259 do estado de São Paulo, de 20 de outubro de 2020, que alterou consideravelmente as regras de comercialização nessa modalidade”, explica um comunicado da marca.
Por ser para o público PCD, esta versão era a única abaixo do limite de R$ 70 mil, comercializada por apenas um real a menos: R$ 69.999.
Com a mudança na lei, a Jeep tira a configuração para PCD, o que limita o acesso do público à isenção de ICMS. Como alternativa, a marca oferece o Renegade STD 1.8 automático, que custa R$ 81.590.
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Mais mudanças para o público PcD
Este não é o único reflexo da mudança na lei para carros PcD. Além disso, o estado de São Paulo:
- Limitou a isenção do IPVA no estado somente para veículos adaptados;
- Reduzir o benefício do ICMS de 21% para 18% e aumentar o tempo de permanência para quatro anos após a compra de um carro para PCD com menos impostos;
- Excluiu as “deficiências leves” da lista de beneficiados.
Tais mudanças agregadas ao limite de R$ 70 mil prevê a inviabilização do mercado para as fabricantes. Por isso, a tendência é que as versões específicas para PcDs fiquem cada vez mais raras e o mercado para veículos adaptados para pessoas com deficiência possa encolher em 2021.