Já existem caminhões autônomos no Brasil?

Os caminhões autônomos no Brasil já são uma realidade, rodando tanto em ambientes abertos, quanto os fechados. Entenda!

Apesar da tecnologia em ascensão, já existem caminhões autônomos no Brasil operando e trazendo benefícios. Algumas empresas que atuam no país já utilizam esse tipo de transporte em operações confinadas na indústria, na logística de armazéns e até na colheita de cana. 

O Constalation foi um dos primeiros caminhões autônomos no Brasil. Foto: Divulgação

Caminhões autônomos no Brasil já são uma realidade

A Mercedes-Benz Brasil é uma das pioneiras na pesquisa e desenvolvimento da tecnologia. Além dela, Scania, Volvo e Volkswagen Caminhões também têm projetos para o mercado brasileiro. 

A VW foi a primeira a apresentar, em 2022, um protótipo de caminhão autônomo nível 2. Na época, o veículo estava em fases de testes, atuando no transporte de cana-de-açúcar do local de colheita para a indústria. O Constellation 31.280 8×4 foi equipado com a tecnologia de direção sem motorista desenvolvida pela Raven.

A tecnologia empregada no modelo permite que o caminhão mantenha a trajetória definida previamente, controle de velocidade e reconhecimento de obstáculos, sinalização, pedestre ou animais na via. 

Outro projeto recentemente apresentado foi da Ypê. A marca de produtos de limpeza e higiene apresentou quatro unidades do Mercedes-Benz Atego 1730 de direção autônoma e operação. Os veículos vão dar suporte à logística no interior dos centros de distribuição da empresa em Amparo/SP.

Com a aquisição, a Ypê é a primeira empresa brasileira a adotar caminhões com direção autônoma em sua logística interna. 

Ypê foi a primeira empresa brasileira a adotar caminhões autônomos em suas operações. Foto: Divulgação

Níveis de direção autônoma em caminhões

A direção autônoma permite a condução sem motorista. A tecnologia utiliza da combinação de softwares, sensores e câmeras para controlar, navegar e dirigir o veículo com segurança nos seguintes níveis:

Nível 1 – auxílio ao motorista, como piloto automático, controle de cruzeiro adaptativo, entre outros recursos;

Nível 2 – automação parcial, que permite ações automatizadas, como pedais se moverem sem acionamento humano e tráfego por poucos quilômetros sem interferência humana;

Nível 3 – extensão do nível 2, com a possibilidade do veículo tomar direções automaticamente;

Nível 4 – veículo se move sozinho com ajuda da inteligência artificial, mas pode solicitar a interferência humana;

Nível 5 – ainda não alcançado. A ideia é a direção sem interferência humana nas vias públicas. 

Os motoristas vão perder seus empregos?

Possivelmente não. Primeira que as operações logísticas que utilizam caminhões autônomos ainda são limitadas, em ambientes controlados como galpões. A ideia é utilizá-los apenas em operações que exijam mais segurança, a fim de evitar que os motoristas fiquem em situações de risco. Um exemplo é na mineração ou em obras em que uma pessoa poderia arriscar a vida. 

Além disso, apesar de apresentar uma melhora na eficiência e segurança no transporte, ainda há uma série de desafios regulatórios e culturais, fruto do receio que os caminhoneiros brasileiros possam perder seus empregos. O que acaba dificultando sua adoção.

Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

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