IPVA 2022 deverá ser mais caro com aumento dos preços dos carros
Com o constante crescimento dos preços dos veículos, os custos para mantê-los acabam sendo afetados. O IPVA 2022, por exemplo, deverá ser maior
As coisas não estão fáceis para o setor automotivo. Vários fatores estão fazendo com que os modelos (novos, seminovos e usados) tivessem um aumento em seus preços. Com isso, os custos para mantê-los acabam sendo afetados. Os valores do IPVA 2022, por exemplo, deverão ser maiores.
IPVA 2022 mais caro
De acordo com informações divulgadas pelo jornal Estado de São Paulo, os aumentos dos preços dos carros são justamente os causadores dos aumentos no imposto, assim como é esperado com o IPVA 2022 .
Isso porque a Secretária da Fazenda (Sefaz) usa como base os valores praticados pelo varejo (e medidos pela Tabela Fipe) para calcular o tributo. O calendário e as estimativas de quanto será arrecadado com o tributo deve sair após a divulgação dos valores venais. Estes devem sair até dezembro.
Sem falar que as alíquotas fixas também ficarão maiores. Em São Paulo, por exemplo, este valor é de 4% e é válido para proprietários de veículos movidos a gasolina ou Flex.
Já quem comprou automóveis movidos a etanol antes de 15 de janeiro de 2021, paga 3%. Se você adquiriu depois desta data, paga os mesmos 4%. Donos de carros elétricos ou a gás seguem a porcentagem dos veículos a álcool.
Leia mais: 5 carros 0 Km com preços mais inflacionados do mercado em 2021
E existem alguns motivos que justificam o crescimento do IPVA. Em entrevista ao jornal, o consultor Paulo Garbossa cita a valorização dos carros com um dos possíveis culpados.
“A gente está acostumado com a desvalorização de, ao menos, 15% do valor do carro assim que cruzamos a porta da concessionária. Contudo, recentemente, o patrimônio valorizou”, diz Garbossa ao repórter Vagner Aquino. O consultor também citou a lei da oferta e da procura.
Falta de componentes e dólar fazem com que os preços subam
E uma rápida pesquisa nos sites das montadoras mostram bem como os carros estão mais caros. Hoje, só dois veículos custam menos de R$ 50 mil reais. O Fiat Mobi Like, por exemplo, está custando a partir de R$ 46.940.
Já o Renault Kwid Life está sendo comercializado com preços a partir de R$ 47.690. E mesmos estes modelos já passaram por bons aumentos. Carros seminovos e usados também estão mais caros.
E o que causa estas variações nos preços dos carros?
Algumas fabricantes, por exemplo, estão deixando de produzir veículos por conta da crise dos semicondutores. A Toyota e a Renault são duas delas. No próximo dia 30, será a vez da Volkswagen dar férias coletivas a seus funcionários da fábrica de Taubaté-SP. Já a Chevrolet voltou a produzir o Onix e o Onix Plus na última semana.
A alta do dólar também pode ser responsabilizada. Afinal, muitas das peças que fazem parte do veículo são importadas de outros lugares.
Um dos países mais caros para se manter um carro
A consultora britânica Scrap Car Comparison realizou um estudo sobre os países mais caro para ter um carro. E este levantamento mostrou que nosso País está na quinta posição. De acordo com ele, todos os custos que temos com um carro pode impactar 441,89% da renda média salarial anual do brasileiro. No ranking, o Brasil ficou atrás da Turquia, da Argentina, da Colômbia e do Uruguai.
Para chegar a esta conclusão, foram alguns cálculos tiveram que ser feitos. Eles pegaram o salário médio da população e os valores médios gastos com:
- Veículo (na hora da compra);
- Manutenção;
- Seguro;
- Combustível.
Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.