Invasão chinesa: montadoras vão produzir carros na fábrica da Mitsubishi em Goiás
Descubra como a fábrica da Mitsubishi em Goiás pode se tornar o novo polo de produção para montadoras chinesas no Brasil. Uma parceria que pode mudar o cenário automotivo do país.
O avanço das montadoras chinesas no Brasil está ganhando um novo capítulo. A HPE Automotores, responsável pelas marcas Mitsubishi e Suzuki no país, confirmou que está em negociações para fabricar veículos de montadoras chinesas em sua planta de Catalão (GO). O CEO Mauro Correia revelou, em entrevista à Agência AutoData, que a primeira parceria pode ser anunciada ainda em 2025.
Montadoras vão produzir carros na fábrica da Mitsubishi em Goiás
A notícia vem na esteira de rumores sobre uma possível colaboração com a GAC, que surgiram após a visita do presidente Lula à China em maio. A HPE não apenas confirmou as negociações, como também explicou que a fábrica passará por uma adaptação de cerca de oito meses para acomodar a nova produção.
A HPE Automotores oferece diferentes modelos de produção para as futuras parceiras chinesas:
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SKD (Semi Knocked Down): Montagem a partir de kits semidesmontados.
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CKD (Completely Knocked Down): Montagem a partir de kits totalmente desmontados, com a opção de pintura local.
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Nacionalização: Produção com maior índice de componentes fabricados no Brasil.
Oportunidade para os dois lados
A fábrica de Catalão é atualmente subutilizada, produzindo apenas a picape Triton e o SUV Eclipse Cross. Apesar do bom desempenho recente da Triton — que teve seu melhor mês em quatro anos, com 2.826 unidades vendidas em julho — a planta tem uma capacidade instalada para até 120 mil veículos por ano.
Essa grande ociosidade se torna uma oportunidade valiosa para as montadoras chinesas que querem acelerar sua entrada no mercado brasileiro, aproveitando uma infraestrutura já estabelecida.
Para a HPE, a parceria representa uma fonte de receita extra e a possibilidade de otimizar os recursos da fábrica, tornando a operação mais rentável. Já para as marcas chinesas, é uma forma de evitar o processo burocrático e o alto investimento para construir uma fábrica do zero, além de se beneficiarem de incentivos fiscais e da imagem de “produto nacional” perante o consumidor.
Acha que a produção de carros chineses em uma fábrica brasileira pode acelerar a eletrificação no país? O que essa parceria significa para o mercado? Deixe sua opinião nos comentários!
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Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.