Impacto da alta do combustível faz aumento do frete chegar a 29%

A Petrobras pôs em prática um reajuste de quase 25% no diesel. Para o setor de transporte, a medida piorou uma situação que já era crítica. A expectativa de preços mais estáveis pós-pandemia de Covid-19, cenário imaginado para este ano, não se concretizou. Restou aos transportadores a alternativa de repassar o aumento de custos para a economia em geral, reajustando os fretes em até 29%.

Foto: Pixabay.com

Frete fica até 29% mais caro e quem vai pagar a conta é o consumidor

Há poucos dias, o Conselho Nacional de Estudos em Transporte da NT&C Logística (Conet) manifestou-se por meio de nota e ressaltou a necessidade da recomposição do preço do frete em razão dos aumentos dos insumos do transporte devido à alta do combustível, em especial, do diesel.

“O aumento de hoje do preço do diesel acarreta a necessidade de reajuste adicional no frete de, no mínimo, 8,75%, fator este que deve ser aplicado emergencialmente nos fretes, acumulando um reajuste total de 28,96% na carga fracionada e 28,82% na carga lotação”, afirmou a nota. 

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“A NT&C Logística reitera a importância do transportador negociar a inclusão nos contratos antigos e colocar nos novos contratos um gatilho para os aumentos do diesel”, diz parte do texto. O diesel é um dos maiores custos entre os insumos da atividade de transporte.

Fatalmente, como já se esperava, quem vai pagar a conta é o consumidor, visto que as empresas de transporte repassarão para a indústria e para o comércio a alta do custo de transporte. E esses, por consequência, vão reajustar todas as mercadorias em circulação.

(Foto: Divulgação)

Ferramentas de controle de custos são alternativa para o momento frente à alta do combustível

Ferramentas que conseguem automatizar e acelerar os processos das empresas de transporte de cargas e daquelas que possuem frota própria são uma alternativa para este momento instável do mercado dos combustíveis.

No Paraná, a Gestran, startup especializada em soluções práticas para os problemas reais das operações logísticas, oferece algumas opções. Uma das ferramentas que disponibiliza é a Plataforma de Gestão de Frota, desenvolvida a partir dos processos e das necessidades das transportadoras de cargas e dos gestores de frota para a superação dos desafios nos negócios. 

(Foto: Pixabay)

A empresa dispõe, ainda, de soluções para o controle de gasto e consumo de combustível, pneus, manutenção e despesas de uma maneira simplificada e automatizada, a partir de um dashboard de fácil uso pelo cliente. 

Outra funcionalidade é o aplicativo de gestão de entregas, pelo qual a transportadora pode acompanhar em tempo real o andamento das encomendas. “O repasse da alta do diesel ao frete parece realmente inevitável, mas a economia na gestão de frotas é possível”, afirma Paulo Raymundi, CEO da empresa.

Segundo dados da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), o Brasil conta com cerca de 1 milhão de transportadoras, divididas em transportadores autônomos de carga, empresas de transporte rodoviário e cooperativas de transporte, com uma frota que ultrapassa 2 milhões de veículos registrados.

Paulo Silveira LimaJornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.
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