Honda Fit EXL 2021 ainda é um bom negócio?
O Honda Fit EXL 2021 é o modelo mais caro do hatch japonês. Com preço sugerido acima dos R$ 100 mil e sete anos de estrada (nesta geração)...
O Honda Fit EXL 2021 é o modelo mais caro do hatch japonês. Com preço sugerido acima dos R$ 100 mil e sete anos de estrada (nesta geração), o modelo continua tendo um público fiel, mas pode estar com o futuro ameaçado no Brasil. Isso porque a nova geração, que já estreou no exterior, ainda não está completamente confirmada no País. Por isso, este pode ser o último Fit produzido em terras brasileiras.
No entanto, o que há de concreto é que o carro continua sendo produzido – e vendido. E mesmo tendo passado outras vezes pela seção de testes do Garagem360, o carro foi novamente analisado. A seguir, conheça (ou relembre) as características da terceira geração do Fit e entenda se ele ainda é uma boa opção no mercado.
Honda Fit EXL 2021: testamos
O estilo que mescla linhas de monovolume com hatchback consagrou o Fit no mercado brasileiro. E o modelo segue sendo compacto e versátil. Prova disso é o bom espaço interno, além do sistema Magic Seat, que permite diversas combinações de acertos do banco traseiro com o dianteiro para os transporte de cargas. Por isso, mesmo com sete anos nesta terceira geração, e sem grandes mudanças, o modelo continua tendo seus fãs.
Outro responsável pela boa fama do carro é o conjunto mecânico. Mesmo não sendo uma referência em potência, o motor 1.5 de 116 cv é robusto e não costuma dar dores de cabeça aos proprietários. Isso também vale para o câmbio automático do tipo CVT, que simula até sete marchas e oferece trocas manuais nas borboletas atrás do volante.
Com essas características, o Fit EXL 2021 é um carro comportado e que prioriza o conforto e o espaço interno. Seu desempenho é razoável, mas suficiente para o que o modelo se propõe.
Equipamentos
Ao longo dos anos, a Honda foi adicionando pequenas melhorias na lista de equipamentos do carro. Para a linha 2021, a principal novidade de todos os modelos foi o acendimento automático dos faróis em toda a linha. Na EXL, outra adição foi o retrovisor fotocrômico. Dessa forma, o modelo até que conta com bons itens de série. É o caso dos seis airbags e da central multimídia de sete polegadas com Android Auto e Apple CarPlay.
Porém, a ação do tempo é sentida na cabine do modelo. Mesmo sendo compatível com o espelhamento dos smartphones, a central multimídia tem funcionamento lento. E o painel de instrumentos tem boa visibilidade, mas mantém a tela monocromática do computador de bordo, que já está defasada em relação ao que é oferecido na concorrência.
Vale a compra?
Com todos esses pontos apresentados, a pergunta que fica é se vale a pena investir em um Fit zero em pleno 2021. Por mais que ele seja bom de andar, entregue versatilidade e amplo espaço interno, é inegável que o modelo sente o peso da idade. Além disso, ele corre um sério risco de estar no último ano de sua atual geração. Dessa forma, mesmo sem ter um concorrente direto, talvez fosse melhor analisar outras opções no mercado. Até mesmo o WR-V merece ser considerado, já que, mesmo sendo um derivado do Fit, ele entrega uma suspensão melhor acertada.
Ficha técnica
Honda Fit EXL 2021
Motorização: 1,5l i-VTEC 16 válvulas 116 cv/115 cv a 6 mil RPM (etanol/gasolina)
Torque máximo líquido: 15,3 kgfm a 4.800 RPM/ 15,2 kgfm a 4.800 RPM (etanol/gasolina)
Transmissão: Automática CVT – simula até sete marchas por meio das borboletas
Dimensões: 4,09 m x 1,69 m x 1,53 m (comprimento x largura x altura)
Distância entre eixos: 2,53 m
Peso em ordem de marcha: 1.104 kg
Tanque de combustível: 45,7 L
Porta-malas: 363 L
Preço: R$ 103.200
Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.