Guerra e surto de covid-19 na China fazem petróleo fechar abaixo dos US$ 100
Fatores como novas conversas entre Rússia e Ucrânia e surto de covid-19 na China, fez com que o preço do petróleo fechasse em baixa, veja.
Um novo surto de Covid-19 na China e novas negociações para o fim do conflito no leste europeu, fizeram com que o preço do petróleo caísse nos últimos dias, confira detalhes.
Preço do petróleo: barril volta a ser cotado abaixo dos US$ 100
O preço do barril de petróleo encerrou o dia de ontem, 15 de março, em baixa, após os constantes aumentos. A commodity fechou o dia com preço inferior aos US$ 100.
A queda e uma expectativa de estabilização de preços tem dois agentes como principais fatores: o primeiro deles é o retorno de novas negociais que visam encerrar o conflito no leste europeu, entre Rússia e Ucrânia.
Sobre esse tema, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou que as conversas e negociações que levariam um cessar-fogo ainda permanecem, mas ainda, não há avanços significativos.
Outro agente importante que influenciou a queda de preços foi o surto de covid-19 que atingiu novamente a China, a segunda maior economia global atual. Nesse caso, a incerteza da demanda global fez com que houvesse retração no preço do barril de petróleo.
“O risco de demanda de petróleo na China é real, estima-se que um bloqueio severo no país poderia colocar em risco o consumo de 500 mil barris por dia, o que seria agravado pela escassez de combustível devido aos preços inflacionados de energia”, informou a Rystad Energy, em relatório.
Como a commodity determina o preço do combustível nacional
Na última semana a Petrobras aumentou os preços da gasolina e diesel vendido para as distribuidoras. Os reajustes são de 18,4% e 24,9%, respectivamente.
Com o novo aumento as distribuidoras passaram a pagar R$ 3,86 por litro de gasolina. Anterior ao reajuste o valor era de R$ 3,25. Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro.
Segundo o último levantamento nacional da ANP, a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis, entre os dias 06 e 12 de março, o preço médio da gasolina era de R$ 6,683, no entanto, há locais que o litro já passa dos R$ 8,00.
De acordo com o especialista financeiro Samuel Torres, da Fintech Onze, a elevação da gasolina realmente é justificada através da elevação do barril de petróleo, pois o preço da gasolina é derivado diretamente do preço do petróleo. O preço do barril do petróleo é cotado internacionalmente, de maneira que a Petrobras não tem poder sobre seu preço.
Com as baixas registradas nos últimos dias, o Governo já cobrou uma posição da estatal na expectativa de rever os preços praticados atualmente. Durante cerimônia de assinatura de duas medidas provisórias voltadas ao agronegócio, o presidente Jair Bolsonaro comentou sobre o caso.
“Estamos tendo notícia de que nos últimos dias o preço do petróleo lá fora tem caído bastante. A gente espera que a Petrobras acompanhe a queda de preço lá fora. Com toda certeza fará isso daí” afirmou o presidente.
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.