Greve na Renault deixa de produzir mais de 5 mil carros; saiba qual é o cenário
A greve na Renault continua após os trabalhadores rejeitarem a proposta feita pela merca. Mais de 5 mil veículos deixaram de ser produzidos.
A greve na Renault continua após a classe de trabalhadores rejeitarem a proposta feita pela empresa. Os dias de paralisação fizeram com que a marca deixasse de produzir cinco mil carros, veja os detalhes.
Após 10 dias de greve na Renault, marca deixa de produzir 5 mil carros
A greve na Renault continua após os trabalhadores locais rejeitarem a proposta feita pela montadora. A paralisação no polo fabril tem como finalidade chegar em um acordo em relação a participação dos resultados.
De acordo com a marca, a paralisação fez com que cinco mil veículos deixassem de ser produzidos durante o período, bem como 6,8 mil motores que também são fabricados no complexo Ayrton Senna, em São José dos Pinhais.
Conforme publicado pelo Sindicato dos Metalúrgicos da Grande Curitiba (SMC), o acordo de flexibilidade e competitividade apresentada pela montadora e recusada pelos trabalhadores consistia em:
“- PPR Revisão do referencial de produção:
Valor da primeira parcela de R$ 13.750,00. Pagamento do valor de R$ 6.019,38 (em maio), complemento da 1ª parcela, desde que a proposta seja aprovada em 16/05– Vale-mercado + 29%:
R$ 850,00 por mês a partir de junho/22, representando uma antecipação do reajuste– Data-base:
Reposição da inflação (INPC) para 2022 e 2023– Tabela salarial:
Manutenção e Qualidade:
Adequação dos cargos de técnico de manutenção e qualidade para MOD com aplicação da tabela salarial vigente para esta categoria– Logística:
Mais 6 níveis na tabela salarial com aplicação de 10% de reajuste para os colaboradores que já estão no topo da tabela atual.”
Sindicato diz que empresa usou força policial para conter a greve
Na manhã de hoje, 17, o Sindicato local ainda afirmou que os ônibus que levam os trabalhadores para a fábrica chegaram ao local novamente vazios, sinal de que os funcionários permanecem em busca de novas condições de trabalho.
Além disso, a entidade acusou a montadora de promover atitude autoritária ao “usar o governo do estado para reprimir a mobilização dos trabalhadores através do uso de força policial”.
“É uma vergonha a tentativa da Renault de usar a polícia para intimidar os trabalhadores. Aqui só tem pai e mãe de família que quer melhoria de vida e trabalhar dignamente. Não tem nenhum bandido para que seja preciso chamar a polícia.
Essa atitude da empresa mostra quem de fato é a Renault do Brasil. Paga de democrática na propaganda para a sociedade, mas parte para a truculência quando tem que negociar com o próprio funcionário.
Ao invés de aderir ao diálogo, prefere apelar para a força e para o governo do estado que, como todos sabemos, não tem vínculo nenhum com os trabalhadores mas somente com o grande capital. O fato da polícia estar em grande quantidade na porta de fábrica hoje mostra bem isso”, diz o presidente do Sindicato, Sérgio Butka.
Com informações: Automotive Business e SMC
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.