Greve dos caminhoneiros: paralisação visa protestar contra aumento de combustíveis
Líder da greve dos caminhoneiros em 2018, afirmou que o Brasil deve parar contra o aumento de combustíveis anunciados pela Petrobras.
Após o anúncio de reajustes de aumento dos combustíveis feito pela Petrobras, um dos líderes da greve dos caminhoneiros de 2018 afirmou que “Brasil tem que parar” para controlar os preços nas bombas de gasolina e diesel dos postos do país.
Após alta da gasolina, líder da greve dos caminhoneiros de 2018 se posiciona
Na manhã de hoje, 10 de março, a Petrobras anunciou os novos reajustes de preços para a gasolina que ficou mais cara, como consequência dos constantes aumentos do barril de petróleo, reação à guerra entre Rússia e Ucrânia.
Wanderlei Alves, também conhecido como Dedeco, um dos principais líderes da greve dos caminhoneiros de 2018, afirmou em entrevista ao Folha de São Paulo, que a conflito entre os países do leste europeu está servindo apenas como “desculpa para enriquecer ainda mais os donos da Petrobrás”.
Para ele, o Brasil tem que parar em protesto contra os reajustes já anunciados pela estatal.
“Os caminhoneiros autônomos e os empresários de transporte têm que se unir e parar o país. Ninguém vai aguentar. As transportadoras que têm 500, mil caminhões, com milhares de funcionários para pagar, vão quebrar.” Relatou o Wanderlei à Mônica Bergamo, em entrevista à Folha.
O líder da categoria ainda afirmou que “Eles já tiveram um lucro absurdo, doentio com os aumentos mais recentes, e estão ficando milionários às custas da tragédia de todos nós. Só quem está feliz hoje no país são os investidores da Petrobrás”
Aumento de combustíveis deverão ser sentidos em outros setores da economia
Além dos aumentos nas bombas de combustível , os novos reajustes podem refletir em outros aspectos da economia, como os produtos de supermercado por exemplo. Os aumentos chegarão “nas gôndolas dos supermercados, em todos os produtos”, concluiu o caminhoneiro.
Petrobras reajusta preços da gasolina e do diesel
A partir de amanhã, o preço médio de venda da gasolina da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, aumento de R$ 0,61.
Considerando a mistura obrigatória de 27% de etanol anidro e 73% de gasolina A para a composição da gasolina comercializada nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 2,37, em média, para R$ 2,81 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,44 por litro.
Para o diesel, o preço médio de venda da Petrobras para as distribuidoras passará de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro. Considerando a mistura obrigatória de 10% de biodiesel e 90% de diesel A para a composição do diesel comercializado nos postos, a parcela da Petrobras no preço ao consumidor passará de R$ 3,25, em média, para R$ 4,06 a cada litro vendido na bomba. Uma variação de R$ 0,81 por litro.
Para o GLP, o último ajuste de preços vigorou a partir de 09/10/2021, há 152 dias. A partir de amanhã, 11/03, o preço médio de venda do GLP da Petrobras, para as distribuidoras, passará de R$ 3,86 para R$ 4,48 por kg, equivalente a R$ 58,21 por 13kg, refletindo reajuste médio de R$ 0,62 por kg.
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.