Greve da GM já reúne mais de 1.000 trabalhadores

Mais um capítulo da novela da Greve da GM Chevrolet, sindicato e trabalhadores. Depois de votarem pela greve, agora os mais de 1.000 trabalhadores fizeram uma manifestação pelas ruas de São José dos Campos em resposta às demissões em massa da montadora.

Sem acordo, greve da GM já dura 5 dias – Foto: Sind SJC

Greve da GM completa 5 dias

A principal manifestação teve início às 9h nesta quinta-feira (25) em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e, por volta das 10h30, os trabalhadores saíram em caminhada pelas ruas do centro.

A passeata contou com a presença de funcionários e dirigentes sindicais das três fábricas.

Juntos, percorreram diferentes vias da cidade, como a Rua Francisco Paes, Praça Afonso Pena e Rua 15 de Novembro, e encerrou às 11h30 na Praça da Igreja Matriz.

Os manifestantes carregavam cartazes com exigências à montadora, ao governo estadual e federal, cobrando medidas concretas, como o cumprimento do acordo de estabilidade no emprego que foi quebrado pela montadora.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, um dos organizadores da passeata, rechaça a justificativa da empresa quanto às demissões, que alega quedas nas vendas.

Muito embora, os licenciamentos de veículos Chevrolet cresceram 6,35% entre janeiro e setembro deste ano, em relação ao mesmo período do ano passado.

“A GM não pode simplesmente descumprir o acordo de estabilidade e desrespeitar a legislação que prevê a obrigatoriedade de negociação prévia em caso de demissão em massa. Mas nós não vamos abaixar a cabeça”. 

Essa fábrica só volta a rodar depois que cancelar as demissões”, afirmou o secretário-geral do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, Renato Almeida.

Os trabalhadores ainda decidiram de forma unânime dar continuidade da greve até que a empresa volte atrás na demissão dos metalúrgicos.

Desde a demissão, funcionários e sindicato organizam piquetes e manifestações – Foto: Sind Metal EJC 

Entenda a história

Cerca de 800 funcionários surpreendidos com e-mails e telegramas informando a demissão no último sábado (21). 400 da unidade de São José dos Campos, 300 em São Caetano do Sul e 100 em Mogi das Cruzes. 

As três unidades empregam cerca de 12 mil pessoas no total, na produção das picapes S-10 e Montana, a perua Spin e o SUV Trailblazer, além de componentes para outros modelos da marca.

Entre as demissões, funcionários que estavam trabalhando e aqueles afastados desde julho de 2023, quando começou o layoff. O acordo previa a estabilidade dos empregos por 10 meses, o que não ocorreu.

Veja mais sobre a greve: Demissões em massa na Chevrolet geram revolta: grávidas demitidas por e-mail

Robson QuirinoSou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.
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