Great Wall no Brasil: marca revela nacionalizar produção em 50% em quatro anos
Confira os planos da Great Wall no Brasil. Marca pretende nacionalizar produção em 50%, até 2026, confira as informações.
Os planos da Great Wall no Brasil são no mínimo, ambiciosos. A maior montadora de capital privado da China adquiriu a antiga fábrica da Mercedes-Benz, em Iracemápolis, para iniciar a produção marcada para 2023. No entanto, a marca acredita que em 2026, irá alcançar 50% de nacionalização.
Great Wall no Brasil: 50% de nacionalização em quatro anos é a nova meta
De acordo com os novo cronograma da Great Wall Motors, o início da produção nacional está marcado para março de 2023, ou seja, apenas dois meses depois da meta inicial. A montadora chinesa terá sua linha de montagem em Iracemápolis, interior de São Paulo, mesmo local que antes atuava a Mercedes-Benz.
No entanto, de acordo com os objetivos da empresa, em 2026, ao menos 50% da produção será nacionalizada. Para que isso aconteça, a montadora já revelou que está conversando com potenciais fornecedores.
As afirmações partiram do diretor da GWM Brasil, Pedro Betancourt, durante o Seminário Compras Automotivas 2022, realizado pela AutoData. De acordo com o executivo, a montadora já iniciou um grupo de compras diretas e, além disso, estão avaliando os possíveis fornecedores.
“Se alguma empresa forneceu a roda para um dos produtos não vejo porque não poderia vender para os outros também (…) Talvez eu seja otimista demais, mas eu gostaria que até 2026 a gente esteja na fase de 50% ou mais de localização.” Afirmou o executivo.
Operação da GWM no Brasil é dividida por etapas
É válido lembrar que no início do ano, a montadora anunciou um investimento de R$ 10 bilhões, para desenvolver veículos em solo nacional. A verba será divida por fases.
Em janeiro a montadora afirmou que, até meados de 2025, no primeiro ciclo de investimento, serão lançados 10 modelos, com previsão de chegada do primeiro veículo no fim deste ano, como importado, enquanto o primeiro veículo produzido no Brasil será lançado apenas ano que vem.
O lançamento no mercado brasileiro contará apenas com a próxima geração de modelos globais, que ainda não foi apresentada em nenhum mercado do mundo e já está sendo desenvolvida levando em consideração as exigências da realidade dos consumidores brasileiros.
Já nas próximas fases, a GWM pretende aumentar a linha de produtos, bem como desenvolver uma fábrica de baterias, para que a marca também atue como fornecedora para outras montadoras, afim de facilitar o desenvolvimento da eletrificação nacional.
“A fábrica brasileira será primeira ao Sul dos Estados Unidos dedicada exclusivamente a veículos eletrificados.
E, por sua vez, será a quarta empresa com unidade produtiva da GWM no mundo: as outras estão na China, Tailândia e na Rússia. Ela será a base de expansão nas Américas, incluindo México, e, sonhando um pouco mais alto, os Estados Unidos.”
Com informações: AutoData
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.