Golpes mais comuns na hora de comprar carros usados e como evitar

Devido a golpes aplicados por criminosos, a compra de carros usados muitas vezes pode se tornar um pesadelo. Saiba como se prevenir.

A compra de carros usados muitas vezes pode se tornar um pesadelo, trazendo diversos problemas para o comprador. Isso porque criminosos se aproveitam do momento para aplicar golpes, que eventualmente trazem riscos para a segurança dos que utilizam o veículo.

De acordo com levantamento feito pela Super Visão, rede de franquias de vistorias automotivas, realizado com dados de sistema referentes às vistorias realizadas, cerca de 13% dos automóveis apresentam adulterações, falta de regularização, sinistros ou reparos estruturais significativos motivados por danos severos. 

Além disso, 27% possuem restrições que depreciam o carro ou que podem causar transtornos para a sua regularização.

(Foto: Pixabay)

Os 6 golpes mais comuns aplicados por vendedores de carros usados

Adulteração de velocidade é um dos principais golpes (Foto: Divulgação)

A Super Visão lista os principais golpes realizados na hora de comprar um veículo usado.

  1. Ocultar colisões – Bater o carro pode comprometer a lataria, por isso os reparos devem ser realizados com peças autênticas para não desvalorizar o veículo. Porém, o valor desse serviço (e das peças) costumam ser mais elevados e muitos optam por apenas disfarçar as batidas, colocando uma “massa” e pintando por cima.
  2. Adulterar a quilometragem – Neste caso, o proprietário diminui a quilometragem percorrida para valorizar o veículo. Por isso, é importante verificar outros aspectos do carro, como bancos, volante e câmbio, que podem ser bons indicativos da condição real do carro.
  3. Dar carga extra no ar-condicionado – Para mascarar defeitos e falhas no aparelho de ar-condicionado, algumas pessoas fazem uma carga extra de gás no equipamento. É importante verificar se não há algum vazamento. Se houver, pode ser que o aparelho pare de funcionar de novo em um curto período.
  4. Usar peças piratas na reposição – Às vezes, as peças precisam ser trocadas, seja por colisão ou por ação do tempo. Porém, como as peças originais são mais caras, muitos proprietários optam pelo uso de peças paralelas. É importante atentar-se ao uso de peças piratas, que parecem originais, mas tem uma qualidade muito inferior.
  5. Maquiar os pneus – Algumas pessoas mascaram os defeitos e desgastes dos pneus com produtos como silicone e reparador, para que pareçam ser novos. Como um pneu padrão costuma durar mais ou menos 40 mil quilômetros, é preciso ficar atento se a troca foi realizada antes de atingir essa marca ou se os pneus aparentem estar novos demais.
  6. Colocar o carro à venda com valor muito abaixo da tabela – Existem quadrilhas especializadas em falsificar documentos e clonar carros advindos de furtos ou roubos. Há também pessoas que compram o veículo em nomes de laranjas e vendem por um preço mais baixo, pois não pretendem pagar o financiamento. Por isso, é extremamente importante saber a procedência do veículo.

(Foto: Eng. 360)

Como evitar cair em golpes

A melhor forma de evitar cair nos “golpes dos carros usados” é avaliar as reais condições estruturais, da pintura, manutenção e de identificação do carro, assim como analisar a procedência e histórico, tanto do carro quanto da documentação.

Para isso, o ideal é procurar a ajuda de um especialista em vistoria automotiva. “Durante as vistorias Certicar e Cautelar, verificamos toda a funilaria e presença de itens acessórios, analisamos a integridade estrutural, originalidade de chassi, motor e câmbio, além de fazermos uma checagem do histórico do veículo e da situação documental do carro”, afirma Beto Reis, sócio-diretor da Super Visão. 

“Isso ajuda a evitar fraudes, além de garantir que os equipamentos obrigatórios estão em estado de uso adequado para a circulação no trânsito”, completa.

Imagem ilustrativa (Foto: Divulgação)

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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