GM e Honda se unem para desenvolver carros elétricos mais acessíveis

GM e Honda vão desenvolver família de carros elétricos acessíveis. Veículos terão nova arquitetura global, com baterias de última geração

A General Motors e a Honda anunciaram nesta terça-feira (5) planos para o desenvolvimento em conjunto de uma família de carros elétricos mais acessíveis. Os carros terão como base uma nova arquitetura global e serão equipados com baterias Ultium de geração mais avançada.

Battery Ultium

Carros elétricos mais acessíveis devem chegar nos próximos 5 anos

As empresas trabalham em conjunto para viabilizar a produção, “a partir de 2027, de milhões de unidades de veículos elétricos (EVs, na sigla em inglês), incluindo SUVs compactos, aproveitando as estratégias de tecnologia, design e suprimento de ambas”, conforme afirmam em comunicado à imprensa. 

O segmento de SUVs compactos é hoje o maior do mundo, com venda anual de mais de 13 milhões de unidades. O acordo prevê também a uniformização de componentes e processos para o estabelecimento de um padrão internacional de qualidade, além de maior produtividade e otimização dos custos.

GM e Honda vão ainda avaliar oportunidades para o desenvolvimento em conjunto de novas gerações de baterias, visando à redução dos custos da eletrificação, ao incremento do desempenho e à sustentabilidade dos futuros veículos.

Ponto de recarga elétrica (Foto: Pixabay)

Tecnologia de baterias

A GM já está trabalhando para acelerar a adoção de novas tecnologias, como as baterias em estado sólido e as de íon-lítio com silício, juntamente com esquemas de produção que podem ser rapidamente aplicados para aperfeiçoar e atualizar os processos de fabricação de células de bateria.

A Honda, por sua vez, está progredindo com as baterias sólidas que reputa ser o elemento central dos futuros veículos elétricos. A tecnologia vem sendo demonstrada no Japão pela montadora, que está avançando rumo à produção em massa.

“A GM e a Honda vão compartilhar o que tem de melhor em termos de tecnologia, design e manufatura para oferecer uma linha atrativa e mais acessível de veículos elétricos em escala global, incluindo nossos principais mercados na América do Norte, América do Sul e China”, afirma Mary Barra, presidente e CEO da General Motors.

(Foto: Pixabay)

Neutralidade em carbono

“Este é um passo fundamental para o cumprimento do nosso compromisso de alcançar a neutralidade em carbono de nossos produtos e operações globais até 2040 e eliminar as emissões dos automóveis nos EUA até 2035”, declara a executiva.

“Trabalhando juntos, colocaremos pessoas ao redor do mundo a bordo de EVs mais rápido do que qualquer empresa alcançaria por conta própria.”

Ao passo que Honda está comprometida em alcançar sua neutralidade em carbono globalmente até 2050. Essa meta exige “a redução do custo dos veículos elétricos para tornar a sua posse possível para o maior número de consumidores”, ressalta Toshihiro Mibe, presidente e CEO da Honda. 

Imagem renderizada do Cruize Origin (divulgação)

Relação colaborativa

A GM e a Honda têm desenvolvido, ao longo dos últimos anos, uma relação próxima de trabalho, que inclui vários projetos recentes focados em tecnologias para veículos elétricos e autônomos. 

Em 2013, as duas empresas iniciaram o desenvolvimento conjunto de um sistema de célula de combustível de última geração e de soluções para o armazenamento de hidrogênio. Em 2018, a Honda se juntou aos esforços de desenvolvimento dos módulos de bateria para EVs da GM. 

Em 2020, as duas companhias anunciaram planos de projetar dois carros elétricos, incluindo o Honda Prologue, a ser lançado no início de 2024, e, logo na sequência, o primeiro SUV da marca Acura. 

Além disso, GM e Honda estão juntas na Cruise, empresa que foi adquirida pela GM, em 2018. Neste caso, a parceria está resultando no Cruise Origin, um dos primeiros carros completamente autônomos pensados para o serviço de robô-táxi e entregas. 

(Foto: Divulgação/Honda)

Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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