GM deixa de exportar carros para a Rússia; entenda motivos

O conflito Rússia-Ucrânia já causa efeitos na indústria. A GM se juntou a outras marcas que estão cortando carros e negócios com os russos

O conflito militar entre Rússia e Ucrânia já causa efeitos sobre a indústria automobilística. A General Motors se juntou a diversas outras empresas norte-americanas que estão cortando os seus negócios com o país governado por Vladimir Putin. A GM, então, decidiu por deixa der exportar carros para a Rússia. Entenda todos os motivos.

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Fábrica GM (Ilustativa)

GM se posiciona frente ao conflito Rússia x Ucrânia

A montadora com sede em Detroit anunciou na sexta-feira que está interrompendo todas as exportações para a Rússia. A atitude, no entanto, não trará maiores consequências econômicas para a GM. A montadora vende, anualmente, apenas 3.000 veículos por ano naquele país, por intermédio de uma rede de 16 revendedores locais.

Esta informação foi revelada à CNN por um porta-voz da companhia. Essas 3.000 unidades representam um volume de vendas irrelevante face aos mais de 6 milhões de veículos que a General Motors vende por ano em todo o mundo – exatamente 0,05% do total.

Maior parte dos carros e veículos que vende naquele país é importada de fábricas dos EUA

Atualmente, a GM não tem fábricas na Rússia. A maior parte dos carros e veículos que vende naquele país é importada de fábricas dos EUA, enquanto uma pequena porção é exportada por unidades industriais localizadas na Coreia do Sul.

A GM opera uma empresa nacional de vendas para a Rússia e outras ex-repúblicas soviéticas. A montadora diz que está interrompendo as exportações para a Rússia “até novo aviso”.

“A GM está comprometida em cumprir as leis e regulamentos dos mercados nos quais fazemos negócios, incluindo sanções econômicas aplicáveis dos EUA e leis e regulamentos de controle de exportação”, afirma a empresa em comunicado à imprensa.

Com relação ao fornecimento de peças de reposição, a empresa diz que “limitou a exposição da cadeia de suprimentos” e está trabalhando para minimizar possíveis interrupções no fornecimento de suas próprias peças.

“Continuamos monitorando os desenvolvimentos e tomando medidas para implementar estratégias de mitigação conforme apropriado”, declara o comunicado.

O anúncio da GM vem ao encontro das medidas de boicote econômico anunciadas pelo governo de Joe Biden nos últimos dias. Confira algumas dessas medidas.

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Ilustrativa / Nova Silverado. (Foto: Gm Authority)

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Isolamento do sistema financeiro

Segundo comunicado emitido pela Casa Branca em 25 de fevereiro, a maior instituição financeira da Rússia, o Sberbank, e suas 25 subsidiárias perderão a conexão com o sistema financeiro dos EUA,  o que restringe as transações em dólar do banco. A mesma medida deve afetar o segundo maior banco russo, o VTB Bank, que conta com 20 subsidiárias.

A promessa é que todos os ativos destas instituições no sistema americano sejam congelados. Bancos menores, como Bank Otkritie, Sovcombank OJSC e Novikombank, também serão afetados.

Restrição de insumos para carros e outros 

Liderados pelos Estados Unidos, países da Europa e Oceania anunciaram a restrição de 50 bilhões de dólares em fornecimento de insumos-chave para a Rússia, no que foi chamado pelo governo Joe Biden de “cooperação multilateral histórica”.

rússia e ucrânia

Ilustrativa / Foto: Pixabay.com

Restrição à tecnologia de segurança

As forças armadas russas terão restrições para exportar quase todos os itens dos Estados Unidos produzidos em países estrangeiros usando softwares, tecnologias ou equipamentos de origem estadunidense.

Além disso, os EUA pretendem “sufocar a importação russa de bens tecnológicos críticos”, negando a venda de tecnologia relacionada aos setores de defesa, aviação e marítimo russos. A ação inclui restrições para compra de lasers, sensores, navegação, tecnologias marítimas e aéreas, telecomunicações e segurança de criptografia.

GM deixa de exportar carros para a Rússia; entenda motivos

Ilustrativa / Foto: Mixauto

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Paulo Silveira Lima
Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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