Gasolina comum, aditivada e premium: saiba as diferenças entre elas

Nos postos de abastecimento são oferecidos três tipos de gasolina: a comum, a premium e a aditivada. Saiba qual a melhor para o seu carro.

Nos postos de abastecimento do Brasil são oferecidos, além de etanol, diesel e GNV, três tipos de gasolina: a comum ou stardard – que tem octanagem mínima de 87 octanas e 27% de mistura de etanol definidas por lei – e a premium, com octanagem 91 e 25% de mistura de etanol. Além dessas, há a aditivada.

Mas você sabe o que isso significa? Veja a seguir.

Conheça as diferenças entre os tipos de gasolina e escolha a melhor para o seu carro

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(Ilustrativa)

Octanagem é a unidade que mede a capacidade antidetonante da gasolina. O retardo na detonação é necessário para aproveitar melhor a energia do combustível e evitar as chamadas batidas de pino, que prejudicam o funcionamento e a durabilidade do motor.

Quanto maior a octanagem da gasolina, mais compressão é obtida, o que requer um motor preparado para esse tipo de cenário. Geralmente, essa característica é encontrada nos modelos esportivos, para os quais a gasolina de octanagem mais elevada oferece economia de consumo e rendimento otimizado. 

Na prática, a maioria dos carros é projetada para o tipo de gasolina comum. Dessa forma, o uso da gasolina premium pode não oferecer vantagens palpáveis em termos de rendimento e consumo – e, com isso, torna-se um gasto de dinheiro desnecessário, pois costumam ter um preço bem mais elevado em relação ao combustível comum.

O que é a gasolina aditivada

A gasolina comum, aquela que recebe 27% de álcool anidro, pode ter incorporados aditivos diversos para oferecer a limpeza interna do motor, dando origem à conhecida gasolina aditivada. 

Esses aditivos são detergentes e dispersantes que atuam nos resíduos decorrentes da queima, eliminando-os e oferecendo uma melhor performance dos componentes do motor que ficam em contato com o combustível – como velas, bicos injetores, válvulas e câmara de combustão.

Cada marca de gasolina tem sua própria aditivada – as distribuidoras mantêm suas formulações em segredo. Esse tipo de combustível oferece também um aditivo redutor de fricção, responsável por lubrificar as paredes dos cilindros e anéis de segmento, promovendo uma leve redução de ruído e consumo, além de elevar o desempenho. Os benefícios podem ser sentidos em qualquer tipo de motor.

Em resumo, caso o seu caro não seja um modelo esportivo, prefira a gasolina aditivada à premium, pois as vantagens teóricas terão efeitos mais práticos.

Um detalhe: todos esses tipos do combustível recebem corantes para diferenciação. Gasolinas comum e aditivada podem ser usadas juntas ou separadas, porém, as melhores características da aditivada serão sentidas apenas após alguns tanques sem mistura.

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(Foto: Freepik)

Entenda o que significa a taxa de compressão

É muito provável que você já tenha ouvido falar sobre a tal taxa de compressão. Mas sabe o que isso significa? 

Essa taxa representa o número de vezes em que a mistura ar-combustível é comprimida pelo cilindro para o topo do motor. Quanto mais alta a taxa, mais comprimida fica a mistura antes de a ignição empurrar para baixo o cilindro com uma autêntica explosão.

Nas fichas técnicas dos carros, podemos observar que a taxa de compressão dos propulsores a diesel têm os números mais elevados. Afinal, esses motores não usam velas, e sim a temperatura e a compressão para detonar o diesel. A taxa fica lá em cima. A mistura pode ser comprimida 22 vezes antes de explodir – a taxa de compressão é expressa como 22:1.

Motores de alto desempenho têm taxas elevadas, para acumular energia e expandir com grande potência e eficiência.

Os motores flex, por sua vez, trabalham com curvas de detonação programadas pela ignição. Quando há etanol no tanque, por exemplo, a taxa fica mais alta.

Qualidade do combustível é o mais importante

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Procure sempre abastecer em postos de confiança (Foto: Pixabay)

Independentemente de a gasolina ser comum, aditivada ou premium, o mais importante ao abastecer é optar por postos de marcas reconhecidas para não cair em golpes, como o da bomba fraudada  e do combustível adulterado, com a adição de solventes e metanol.

Outro cuidado importante é não se deixar seduzir pelo preço abaixo do praticado pelo mercado, pois o barato pode sair caro. 

Leia também: Golpe dos combustíveis: principais fraudes e o que elas causam

Com informações do Instituto Combustível Legal.

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Paulo Silveira Lima
Escrito por

Paulo Silveira Lima

Jornalista com 20 anos de experiência profissional como repórter nas principais redações de jornais do Brasil, como Gazeta Mercantil, Folha SP, Estadão e Jornal do Brasil e em cargos de coordenação, edição e direção. Formado em Jornalismo pela Caśper Líbero.

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