Gasolina sem petróleo? Conheça essa inovação 

Gasolina sem petróleo pode ser produzida no Brasil. Entenda como funciona e quais os esforços para ampliar sua produção.

A gasolina sem petróleo, a e-fuel, é uma alternativa promissora para reduzir a dependência de combustíveis fósseis, reduzir a emissão de gases poluentes, bem como reduzir os preços nas bombas.

Não é algo relativamente novo, mas agora há grandes esforços para a produção em larga escala, inclusive no Brasil. 

Processo de obtenção da gasolina sem petróleo, e – fuel . Foto: Fuel Today

Gasolina sem petróleo: e-fuel pode ser realidade próxima

O e-fuel é um tipo de combustível sintético produzido a partir de fontes renováveis. Diferente da gasolina convencional, derivada do petróleo, o e-fuel é uma opção mais sustentável e ecologicamente amigável. 

O Brasil quer seguir o exemplo do Chile, que já conta com uma usina de produção. O processo de fabricação adotado utiliza a eletrólise para separar a água em oxigênio e hidrogênio, produzindo o metanol sintético. 

Em seguida, passa por refino e adição de derivados, para chegar a combustíveis semelhantes aos utilizados nos carros, mas chamados de eGasolina, eDiesel ou eQuerosene, por exemplo. 

A grande vantagem é a possibilidade de alimentar os motores de combustão interna existentes.

Em outras palavras, os carros à gasolina comuns podem usar o e-fuel sem precisar qualquer troca no sistema de combustível. 

Além disso, emite menos dióxido de carbono (CO2) na atmosfera quando comparado aos combustíveis disponíveis no mercado atualmente. 

Outro ponto é a redução da dependência do petróleo, assim como é hoje. Isso permite que os países possam se tornar independentes em termos de abastecimento, dessa forma podem reduzir os riscos associados às flutuações nos preços do petróleo.

Brasil vai desenvolver projeto próprio de e-fuel

O Governo Federal enviou na última quinta-feira (14) ao Congresso Nacional na quinta-feira (14) o Projeto de Lei Combustível do Futuro. O intuito é reduzir sensivelmente as emissões de CO2, entre outros gases nocivos. 

Entre as medidas estão o aumento do percentual do etanol na gasolina, mas um dos mais importantes é o marco regulatório para fabricação dos combustíveis sintéticos no país.  

https://twitter.com/Minas_Energia/status/1702388479374533059?ref_src=twsrc%5Etfw%7Ctwcamp%5Etweetembed%7Ctwterm%5E1702388479374533059%7Ctwgr%5E88b6e17d6cbd8235a067d6533bbc7da4587cf409%7Ctwcon%5Es1_&ref_url=https%3A%2F%2Fd-13755189584026129342.ampproject.net%2F2309082229000%2Fframe.html

“A gente precisa integrar as políticas públicas, dar incentivo para as energias renováveis e atrair os investimentos para dar competitividade aos biocombustíveis em relação aos combustíveis fósseis”, ressaltou Alexandre Silveira, Ministro de Minas e Energia.

De acordo com o ministro, o país não pode se limitar a ser meros exportadores de commodities e importadores do produto já processado.

“Temos que investir na nossa industrialização, desenvolver a bioeconomia nacional, gerar emprego e renda para as brasileiras e brasileiros. E podemos fazer tudo isso promovendo uma descarbonização ao menor custo para a sociedade”, disse.

Porém, o combustível tradicional que conhecemos hoje também pode passar por mudanças para ficar mais sustentável e barata. Entenda. 

 

Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

wpDiscuz
Sair da versão mobile