Após o início do conflito no leste europeu, a gasolina vendida aos brasileiros pode ficar mais cara, tendo em vista as altas de preço do barril de petróleo registradas nos últimos dias. Petrobras deve repassar valores em breve.
Gasolina mais cara: aumento do petróleo pode deixar o combustível mais caro no Brasil
Como consequência do início da guerra entre os países europeus, Rússia e Ucrânia, o preço da commodity de petróleo subiram. No último dia 03 de março, por exemplo, o barril foi cotado em US$ 110, preço não visto de 2014. No entanto, ao contrário do que muitos imaginam, as ações podem ser sentidas no bolso do consumidor brasileiro, tendo em vista a política de preços da Petrobras.
A empresa trabalha através de repasse de valores. Ou seja, com o aumento do barril de Petróleo, a estatal deve reajustar o valor do produto repassado para as distribuidoras, que consequentemente, também elevarão os preços para o consumidor final.
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Petrobras não reajusta valores desde 12 de janeiro
Conforme já reportado pelo Garagem360, a empresa estatal não reajusta valores desde 12 de janeiro, tendo em vista a boa valorização do real frete ao dólar nos últimos dias. No entanto, segundo especialistas, em breve, a empresa deve anunciar novos preços após o aumento da matéria-prima, que pode atingir o marco de US$ 150.
Além disso, é preciso entender que, a estabilização do dólar nos últimos tempos foi necessária para amenizar a elevação do preço do Petróleo. No entanto, o retorno da valorização da moeda norte-americana, pode acelerar o processo da gasolina mais cara nos próximos dias.
De acordo com o economista do Conselho Regional de Economia do Ceará, Ricardo Coimbra, ao Edital Concursos Brasil, “A Petrobras não tem muito o que fazer, porque a política dela é de repasse nos preços. Já nesses dias, ela já está comprando petróleo e derivados com preços mais elevados. É provável que já nos próximos dias, já tenha novos repiques de preços de combustíveis”.
Por que o petróleo ficou mais caro?
A justificativa do preço mais elevado vai de encontro com a lei básica da oferta e procura. Acontece que a Rússia tem 44% da produção de gás do mercado europeu e é detentora de 25% da produção de petróleo. Dessa forma, com o início do conflito, bem como com o corte de relações com o mercado, o produto se torna mais escasso, e consequentemente, mais valioso. O que por sua vez, encarece o preço do produto final, a gasolina.
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Novas políticas de preços do combustível podem amenizar as expectativas da gasolina mais cara
No próximo dia 8 de março, o senado votará sobre novas políticas de preços que visam amenizar as constantes elevações dos combustíveis no mercado nacional. Se aprovadas, as ações podem servir para amenizar os novos impactos da elevação de preços do petróleo.
Os projetos em questão são o PLP 11/2020, que determina alíquota unificada e em valor fixo para o ICMS sobre combustíveis em todo o país, e o PL 1472/2021, que cria uma conta para financiar a estabilização dos preços.
