Ford usa água, café, lama e até graxa em testes de veículos

Montadora norte-americana avalia minuciosamente o interior dos carros antes de enviá-los às lojas

“Verdadeiros Sherlock Holmes”. É com esse termo que a Ford caracteriza os funcionários responsáveis por tentar encontrar resquícios de danos causados por café, graxa, lama, produtos químicos corrosivos e até removedores de esmalte nos bancos dos automóveis. Para provar isso, a empresa lançou um vídeo detalhando as etapas.

Localizado em Dunton, no Reino Unido, o centro de testes utiliza até um quilo de café por ano (cerca de 130 xícaras) durante o experimento. A instalação também avalia se o transporte de animais de estimação pode causar alguma deterioração ao interior.

Segundo Robert Luetzeler, gerente de Engenharia de Materiais da empresa em Colônia, na Alemanha, “é preciso ser um pouco Sherlock Holmes para entender exatamente como os danos acontecem e como podem ser evitados ou reduzidos”. O profissional também afirma que os processos avaliadores evoluem continuamente para atender as mudanças nas tendências de uso.

Entre as principais “provas de resistência” que os carros são obrigados a passar antes de serem aprovados estão molhar o tecido com água e deixar secar para observar se há manchas, bater uma bola dez vez mais pesada que uma de futebol em superfícies de plástico, esfregar tecidos 60 mil vezes para checar desgaste e submeter os materiais à luz ultravioleta durante 156 dias seguidos para simular cinco anos no sol mais intenso da Terra.

Rodrigo LoureiroRodrigo Loureiro é repórter do site Garagem 360 e da Agência Entre Aspas. Em 2014 atuou na redação do portal UOL Esporte e também já escreveu para as editorias de tecnologia e turismo de outros portais e publicações.
Fechar
Sair da versão mobile