Crise do setor automobilístico afetou as vendas parceladas; em junho queda foi de 3,8%
O momento ruim que o mercado automobilístico atravessa vem impactando negativamente no número de financiamentos realizados no ano. De acordo com a Unidade de Financiamentos da Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip), foram registrados 2.712.050 financiamentos no semestre, 10,6% a menos do que no mesmo período de 2014. Só em junho as vendas financiadas caíram 3,8% em relação ao mesmo mês do ano passado.
“Houve uma queda significativa nos financiamentos de veículos novos. O desaquecimento da economia e o baixo índice de confiança do consumidor, que atingiu seu pior nível, continuam impactando fortemente o mercado de financiamentos”, afirmou Marcus Lavorato, gerente de Relações Institucionais da Cetip.
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Os números - que levam em consideração automóveis de passeio, comerciais leves, motos e pesados novos e usados – ainda apontam que o prazo médio de financiamento por tempo de uso ficou estável e manteve-se em 37,8 meses para automóveis leves e 42,8 meses para usados.
Se considerados somente a compra de automóveis leves novos de janeiro a junho de 2015, a queda é ainda maior: 22,1%. Nos autos leves usados o recuo fica em 1,6% na comparação com o primeiro semestre de 2014. Na relação mensal a baixa é de 20,2% entre carros novos ante junho do ano passado e aumento de 6,9% nos usados.
Motos não escapam
Além dos automóveis, as motocicletas registraram retração na comercialização financiada. Com 431.410 unidades novas vendidas nos primeiros seis meses do ano, a categoria apresenta contração de 8,7%. Entre as usadas, no entanto, houve alta de 1,4%.
Consórcio apresenta alta
Dentre as modalidades de financiamento de veículos, o consórcio foi a única modalidade que apresentou alta no acumulado do ano. Pelos dados da Cetip, foram vendidos 433,2 mil veículos nos primeiros seis meses de 2015, o que representou um aumento de 1,7%. O desempenho foi impulsionado, principalmente, pelo volume 21% maior de financiamentos deste tipo realizados com automóveis leves usados.
Assim, a modalidade foi responsável por 16% dos parcelamentos realizados no semestre contra 1,8% do Leasing. Com 81%, o método CDC ainda é o preferido do brasileiro e 1,2% dos financiamentos foram feitos utilizando outras modalidades.
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