Financiamento de carros está mais caro; veja outras opções para comprar o seu

Veja novas formas de compra de carro, que podem ser respostas ao financiamento de carros, no qual a taxa de juros ficou mais alta.

As dificuldades do mercado, como problemas de abastecimento de produtos, e outros fatores fizeram com que a taxa de juros aumentasse, o que deixou o financiamento de carros mais caros. Veja outras opções para adquirir um veículo.

Veja novas opções de compra além do financiamento de carros (Foto: Pixabay)

Com taxa de juros em alta, novas opções para comprar o carro devem ser consideradas além do financiamento

Os problemas de abastecimento na cadeia de suprimentos de componentes eletrônicos, a queda do poder de compra dos consumidores e o aumento do preço dos combustíveis seguem impactando o setor.

A expectativa do mercado para o crescimento do PIB em 2022 é de apenas 0,5%, sendo assim, a estimativa é que a economia brasileira fique bem próxima da estagnação.

As vendas de veículos novos tiveram o pior primeiro trimestre em 20 anos, de acordo com a Fenabrave.

O segmento de automóveis novos sofreu o maior impacto entre os veículos novos, com queda de 25,03% na venda do trimestre na comparação com o mesmo período do ano passado. Já os automóveis usados apresentou uma queda expressiva, de 25,40% no período.

Cenário deixou o financiamento mais caro

Esse resultado evidencia o impacto do aumento dos juros nas vendas financiadas. No Brasil, em média 4 em cada 10 veículos novos são financiados.

“Os juros para aquisição de veículos por pessoas físicas seguem tendência de crescimento nos últimos meses, acompanhando a trajetória de alta da Selic.

Reflexo disso e da dinâmica recente da economia global, as concessões de crédito para aquisição de veículos por pessoas físicas têm apresentado queda nos últimos meses”, comenta Danilo Igliori, economista-chefe da OLX Brasil.

Os preços dos automóveis usados vêm crescendo de forma acelerada nos últimos meses, atingindo máximas históricas.

Analisando a dinâmica de preços dos automóveis usados, um dos componentes do cálculo do IPCA apresentou crescimento de 16,7% nos últimos 12 meses, superando o IPCA cheio que ficou em 11,3% no mesmo período.

Em março foram produzidas 169 mil unidades de automóveis e comerciais leves no Brasil. Esse número representa uma retração de 9,1% na comparação com o mesmo mês de 2021.

“A alta nos preços reflete diretamente nas vendas. Em março, a comercialização de automóveis e comerciais leves novos e usados registrou queda em comparação com o mesmo período em 2021, de 23,8% e 14,5%, respectivamente”, explica Flávio Passos, vice-presidente de Autos e Comercial da OLX.

Novas formas de compra devem ser consideradas: aluguel de carros é uma delas

Com isso, quem pretende adquirir um novo modelo, seja ele novo ou usado, deve estar aberto a novas opções de compra.

A primeira delas é o aluguel de carros. Atualmente, a pratica tem ganhado relevância no país, inclusive, há locadoras com planos onde o pacote semanal, mensal, ou até mesmo anual. Esses acabam sendo mais em conta no comparativo com os alugueis avulsos.

A principal vantagem do método de aquisição é a não necessidade de lidar com impostos e manutenção, por exemplo.

Sobre o seguro, as empresas que oferecem o tipo de serviço podem disponibilizar pacote com ou sem a proteção veicular.

Outro destaque é a flexibilidade de poder trocar de modelo em um curto período de tempo. Dessa forma, para os condutores que buscam por novas experiências, a modalidade acaba sendo interessante.

“Um aluguel mensal de carros completo ainda beneficia o cliente com serviços de concièrge, leva e traz para reparos e revisões e gestão de multas, seguro e IPVA.

É possível ter ainda mais vantagem quando o contrato oferece flexibilidade quanto ao acordo de quilometragem, em uma verdadeira relação de ganha-ganha.” Afirma André Campos, CEO da For You Fleet.

Aluguel de carros pode ser boa opção (Foto: Pixabay)

Consorcio também pode ser nova opção ao financiamento tradicional

Uma das maiores vantagens da modalidade é que, diferentemente dos financiamentos tradicionais, ao adquirir um carro por um consórcio, não existem juros, somente as taxas de administração.

Além disso, não é necessário pagar um valor de entrada e há maior flexibilidade no pagamento das cotas. Nesse sentido, fica mais fácil evitar o risco de endividamento a longo prazo.

“Por essência o consórcio já é um tipo de investimento e que permite a organização financeira e isso se torna essencial no momento de instabilidade econômica que vivemos”, pontua Fernando Lamounier, diretor da Multimarcas Consórcios.

Porém, é necessário ter em mente que diferente de um financiamento tradicional, a carta de crédito dos consórcios de carros não são liberadas de forma imediata. O prazo para conseguir a mesma pode variar entre dias e longos meses.

Realizar manutenções e manter o carro atual pode ser boa saída para economizar

Por fim, se for o caso de você já ter um veículo, é importante lembrar que a possibilidade de permanecer um tempo a mais com o modelo para economizar.

É certo que os carros estão valorizados, porém, da mesma forma que o modelo pode ser vendido por um bom preço, a aquisição de um novo também pode pesar no bolso.

O ideal é realizar uma avaliação, para ter em mente o quanto o seu carro custa atualmente, bem como qual será o valor necessário para deixar questões de manutenção e até mesmo a estática em dia.

Manter o carro atual também deve ser opção (Foto: Divulgação)

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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