Fiat sem Uno, Doblò e Siena; marca ficará “devendo”? Fomos pesquisar!

O ano de 2022 está chegando e com ele chegam mudanças importantes no cenário automotivo. A partir do primeiro dia do ano, mais uma fase do Programa de Controle da Poluição do Ar por Veículos automotores (Proconve) entra e vigor no Brasil. E com isso, as montadoras terão que se adequar a estas novas regras. A Fiat, por exemplo, terá que deixar de fabricar Uno, Doblò e Grand Siena.

Esta nova fase é a sétima e é conhecida como Pronconve L7. Este programa foi Governo Federal no ano de 1986. O principal objetivo destas novas regras é estabelecer novos limites de emissão de gases poluentes por veículos. Elas podem ser mais restritivas. No caso, todos os veículos fabricados no Brasil terão que apresentar emissões evaporativas de 0,5 g. O limite anterior era de 1,5 g.

Fiat Uno, Doblò e Grand Siena sairão de linha por conta do Proconve L7

Todas as montadoras que fazem carros no Brasil terão que se adaptar a essa nova realidade. E muitos veículos bastante conhecidos acabarão saindo de linha. O Fiat Uno é um deles, por exemplo. O modelo chegou ao País no ano de 1984. Um ano após ser lançado na Itália. Ele se destacou pelo bom consumo, pelo projeto e pelo bom espaço interno. Ao longo dos anos foi o pioneiro em vários aspectos.

O compacto italiano foi o primeiro “carro mil” em 1990 ao lançar o famoso Mille. Quatro anos depois, se tornou o primeiro carro com motor turbo de série – com o Uno Turbo. Em 2010, chegaria a sua segunda geração, que trazia um design bastante moderno. Ele recebeu os motores 1.0 e 1.3 Firefly só seis anos depois. Agora, chegou a hora de se despedir após vender milhões de unidades.

Mas qual será o substituto do modelo? Com a chegada do Proconve L7, a expectativa é que o compacto italiano não ganhe uma terceira geração e saia de linha. Fechando uma história de quase 40 anos. E diminuindo ainda mais a oferta de carros populares, que pode perder um outro emblemático componente. No caso, estamos falando do VW Gol.

Já o Argo e o Mobi se tornarão os únicos hatches disponíveis na gama da Fiat. O primeiro está custando a partir de R$ 68.490. Ele é um dos carros mais vendidos do País no ano. Enquanto isso, o segundo é o carro mais barato do Brasil. O Mobi Easy tem preços a partir de R$ 48.890.

Fiat Doblò sairá também. Mas voltará em 2022?

Outros dois modelos deixarão de ser produzidos na cidade de Betim-MG. A Fiat Doblò é um deles. A monovolume chegou ao Brasil desde 2001 com uma proposta bastante interessante. Na época, ela concorria com a Renault Kangoo e a Citroën Berlingo. Até uma versão Adventure ela teve. Sem falar do modelo furgão. Em 2009, veio a única reestilzação  e ganhou um novo motor.

E com o mesmo estilo sobreviverá até o fim deste ano. Hoje, ela custa a partir de R$ 115.990. Um pouco acima de algumas versões do SUV Pulse, um carro menor, porém mais moderno e tecnológico. Ainda não dá para saber o seu futuro. Porém, de acordo com a consultoria especializada IHS Markit, um novo modelo pode ser feito na fábrica de El Paloma (Argentina), a partir do ano que vem.

Ela usaria a plataforma EMP2. Ou seja, dividiria a plataforma com as francesas Peugeot Partner e Citroën Berlingo, que também serão feitas por lá. O que não se sabe se será uma Doblò específica para a América do Sul ou uma terceira geração – a segunda é vendida na Europa. Não há informações oficiais sobre isso. O que é certo que o modelo atual não continuará.

E o Grand Siena?

Assim como o Grand Siena também sairá de linha. O sedã chegou ao Brasil em 2012 mostrando ser uma grande evolução do Siena. Um dos seus principais destaques é o porta-malas de 520 litros. Hoje, ele am bom espaço interno e um porta-malas de 525 litros. Sem falar que este sedã e o Argo podem trazer mudanças para a linha 2023. De acordo com o site Motor 1 Brasil, os modelos podem vir equipados com uma transmissão CVT

Sem falar que o motor 1.3 Firefly virá com uma nova calibração. No caso, o motor passaria a produzir 98 cv (gasolina) a 6.000 rpm ou 107 cv (etanol) a 6.250 rpm e torque de 13,2 kgfm (gasolina) a 4.250 rpm ou 13,7 kgfm (etanol) a 4.000 rpm. O mesmo que é usado no Fiat Pulse e que já está de acordo com o Proconve L7.

Bom, parece que a Fiat não será tão afetada assim pelas mudanças nas regras de emissões. Além de ser líder de mercado e com os modelos mais vendidos do mercado, a marca possui um catálogo atualizado de veículos. E novidades poderão chegar em breve.

Escrito por

Pedro Giordan

Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.