Fiat Mobi e Renault Kwid quase dobraram preço em 2 anos; saiba valores

Os dois carros mais baratos do Brasil são o Fiat Mobi e o Renault Kwid. Mas assim como boa parte dos modelos 0km vendidos em nosso mercado, estes modelos também ficaram consideravelmente mais caros nos últimos meses. Os valores cobrados atualmente estão quase duas vezes maiores do que os preços cobrados em 2020. 

Fiat Mobi e Renault Kwid estão quase duas vezes mais caros que em 2020; veja valores

E os números ajudam a mostrar esta diferença. Hoje, o modelo mais barato do Brasil é o Fiat Mobi Like. Este carro custa a partir de R$ 62.690. No entanto, para comprar a versão mais barata do Mobi em maio de 2020 (Fiat Mobi Easy), o interessado teria que desembolsar R$ 35.990.

Ou seja, a versão mais barata do Mobi está custando quase que o dobro da opção mais em conta em 2020. A marca italiana ainda oferece na linha 2023 a versão Trekking. O modelo custa a partir de R$ 65.690.

Do mesmo modo, podemos ver que houve um crescimento considerável no preço do Renault Kwid. Também em maio de 2020, este modelo estava custando R$ 34.990 na versão Life. Na época, o Kwid era o veículo mais barato do Brasil. Hoje, os preços do carro partem de R$ 62.790 na configuração Zen e vão até R$ 69.990 (Kwid Outsider).

Isso significa que no período, os preços dos dois carros passaram por diversas mudanças. Além disso, é possível ver que não temos mais automóveis populares custando abaixo dos R$ 60 mil.

Lembrando que estes dois sub-compactos estão entre os carros mais vendidos do Brasil. De acordo com dados do último levantamento da Fenabrave, o carro da marca italiana teve 19.236 unidades vendidas entre o começo de janeiro e o fim de abril. Enquanto isso, o modelo da empresa francesa teve 15.251 unidades emplacadas no mesmo período.

O que pode causar os aumentos nos preços?

Conforme você viu aqui no Garagem360, vários modelos foram afetados pelos reajustes de preços. Não só a dupla Fiat Mobi e Renault Kwid. Em alguns casos, nem mesmo a redução do IPI, realizada em março, foi o suficiente. Isso vem preocupando bastante os consumidores de todo o Brasil.

E alguns fatores podem ajudar a entender os motivos destes crescimentos nos preços. Um deles é a falta de insumos. A crise dos semicondutores está afetando as marcas em todo o mundo, inclusive no Brasil, há um certo tempo. Neste ano, já vimos várias marcas tendo que suspender suas produções. Um bom exemplo é a Volkswagen.

O que também pode estar causando este aumento é a alta do dólar. Neste caso, é importante lembrar que alguns carros nacionais usam componentes importados. Podemos citar ainda a pandemia da COVID-19, que atingiu vários setores da economia.

Vendas em queda

Quando comparamos os números de emplacamentos registrados até o fim de abril de 2022 com os números do mesmo período do ano passado, podemos perceber que houve uma queda. Segundo a Fenabrave, foram emplacadas 510.846 unidades no primeiro quadrimestre deste ano.

Ou seja, uma queda de 22.80% com relação ao número registrado no primeiro quadrimestre do ano passado. Na ocasião, foram registrados 661.679 emplacamentos. Contando apenas o mês de abril, o mercado registrou 136.341 vendas. Ou seja, uma queda de 16,80% com relação ao mês de abril de 2021 (163.867 unidades).

Escrito por

Pedro Giordan

Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.