Fiat Mobi, 0Km mais barato do Brasil, já parte de quase R$ 40 mil

Os preços dos carros novos estão cada vez mais altos. Nos primeiros oito meses do ano, este aumento foi de 14%. O Fiat Mobi, por exemplo, é o carro mais barato que você pode encontrar a venda. A versão mais barata do veículo feito em Betim-MG está custando quase R$ 40 mil. Seus rivais também passaram por aumentos. 

 

 

Fiat Mobi já parte de quase R$ 40 mil

O portal de notícias Poder360, por exemplo, produziu uma lista com os preços dos carros novos mais baratos do País. Eles usaram como base os preços indicados na tabela Fipe. De acordo com esta lista, o carro mais barato é o Fiat Mobi em sua versão Easy Comfort 1.0 Flex. Este modelo foi um dos principais lançamentos da marca nos últimos anos.

Esta configuração mais em conta está custando (segunda a Tabela Fipe) R$ 39.985 atualmente. Só para ter uma ideia, ele estava custando R$ 36.859 no fim do ano passado e R$ 37.497 em 2019.

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Na segunda posição do ranking está o Lifan 530 Talent 1.5. Este veículo (modelo 2019) ainda aparece no site da montadora chinesa. De acordo com a Fipe, ele está custando R$ 42,2 mil (novo) e R$ 38,4 mil (usado). Na terceira posição, o grande rival do Mobi. O Renault Kwid também é um dos sub-compactos a venda no País.

O preço na tabela Fipe da versão Life 1.0 é de R$ 45,9 mil (novo) e R$ 40,2 (usado). Vale destacar o fato que este carro já chegou a custar cerca de R$ 30 mil na época de seu lançamento, em 2017.

Ford Ka, Volkswagen Up!, Chevrolet Joy, Fiat Grande Siena, Peugeot 208, Fiat Uno e Nissan Versa fecham esta lista dos carros mais baratos. Sem falar que tanto o Kwid quanto o Mobi são os únicos que aparecem entre os 10 carros 0km mais emplacados até agosto.

Este aumento de 14% nos preços é maior que o registrado ao fim de 2020. Na ocasião, os valores tiveram um crescimento de 6,35%. Ambos os valores estão acima até mesmo da inflação. Em 2021, ela cresceu 6,06%. Já em 2020, este aumento foi de 5,62%. Vale lembrar que estes números são de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-Fipe) do município de São Paulo.

Crise dos semicondutores e alta do dólar atrapalharam

E os motivos destes crescimento já são bastante conhecidos. Em entrevista à repórter do site Marina Barbosa, o economista e coordenador do IPC-Fipe, Gulherme Moreira, cita a falta de semicondutores como um dos motivos para este crescimento. Moreira ainda fala de outros dois fatores que podem ter influenciado: a alta das commodites e o aumento do dólar (compra de peças importadas).

Nos últimos meses, o Garagem360 trouxe várias notícias sobre a crise dos semicondutores. Aqui no Brasil, ela afetou várias marcas importantes. Dentre elas, destaque para a Chevrolet, a Renault e a Volkswagen.

E isso afetou bastante o mercado também. De acordo com dados da Fenabrave, os emplacamentos de veículos 0km tiveram uma queda de 2,39% com relação ao mês de julho – levando em conta a venda de automóveis de passeio e comerciais leves. Esta retração é maior em comparação ao mês de agosto de 2020 (8,65%).

Com isso, a procura por carros usados sofreu um aumento. Segundo a entidade, o mercado cresceu 1,25% com relação ao mês de julho e 17,12% em comparação ao mês de agosto de 2020.

A soma total de vendas de automóveis e comerciais leves atingiu a marca de 1.074.324 unidades. No entanto, eles também valorizaram bastante. O índice IPC-Fipe mostra que os preços dos carros usados estão 20,8% maiores neste ano.

Com informações de: Tabela Fipe e o site Poder360

Escrito por

Pedro Giordan

Jornalista graduado pela Universidade Metodista de São Paulo em 2017. Redator do Garagem360 desde 2021, onde acumula desde então experiência e pesquisas sobre o setor automotivo. Anteriormente, trabalhou em redação jornalística, assessoria de imprensa, blog sobre futebol e site especializado em esportes.