Faróis de milha e neblina: aprenda a utilizá-los
Iluminação auxiliar não deve ser acionada no dia a dia
No Brasil, os veículos saem de fábrica com três tipos de iluminação padrão: lanterna, farol baixo e farol alto. Entretanto, alguns veículos contam com iluminações auxiliares, como o farol de milha e o de neblina. Dependendo do carro, os acessórios, que têm funções diferentes, são oferecidos como itens opcionais ou de série, e, apesar de ajudarem na hora da condução, é preciso saber como usá-los, caso contrário, eles irão prejudicar mais do que ajudar.
Farol de neblina
Como o próprio nome já adianta, o farol de neblina deve ser ligado em casos de neblina e em outras situações de baixa visibilidade. Junto com ele é necessário utilizar a lanterna, que é a luz mais fraca emitida pelos faróis. Mas atenção: este tipo de iluminação não deve ser empregada no dia a dia. Como a luz é mais concentrada, certamente vai acabar atrapalhando a visão dos condutores que estão vindo no sentido contrário, podendo até causar acidentes.
“O farol de neblina é mais eficiente porque projeta a luz para o asfalto ou a estrada de forma mais acentuada. Ele ilumina os pontos próximos ao automóvel”, explica Leonardo Figueiredo, gerente de Produto da Philips Automotiva, desenvolvedora de soluções de iluminação.
O profissional destaca ainda que, nessas situações, as luzes dos faróis convencional e alto pioram a visibilidade do motorista. “Isso acontece porque os raios de luz refletem diretamente nas gotículas de água que estão suspensas no ar (névoa).”
Vale lembrar que, segundo o Código Brasileiro de Trânsito (CTB), o condutor deve ligar, pelo menos, as luzes de posição (lanterna) em situações de neblina, chuva forte e cerração. Se a regra não for respeitada, ele fica sujeito a uma multa de R$ 85,13 e perde quatro pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Farol de milha
Outro tipo de iluminação auxiliar é o farol de milha. Normalmente, o item é oferecido como opcional pelas montadoras. “Também chamado de farol de longo alcance, ele foi desenvolvido para ajudar o farol baixo a iluminar a via durante a noite”, afirma Figueiredo.
“O farol baixo, sozinho, clareia a pista e o canteiro direito para que o motorista possa enxergar placas, pedestres, animais, galhos de árvores e qualquer outra coisa que esteja na calçada. Já o de milha, com faixo de luz mais estreito e de alta intensidade, tem como objetivo ampliar a visão”, acrescenta o profissional.
O ideal é que o farol de milha não seja ativado quando outros motoristas estiverem vindo no sentido contrário, porque a luz forte pode atrapalhá-los. E é importante ressaltar que o farol de milha não substitui a iluminação de neblina, já que a distribuição de suas luzes é bem diferente.