A cidade de Porto Alegre tem registrado inúmeros casos de motoristas de clandestinos que fazem viagens pela região como parceiros de plataformas de aplicativos, porém, que cobram valores bem acima dos cobrados dentro da plataforma. Conheça o golpe do falso Uber.
O golpe do Falso Uber: veja como motoristas irregulares atuam
Com o passar dos anos, novas formas de se locomover já se tornaram parte do cotidiano do brasileiro. Solicitar corridas através de plataformas de por aplicativo, como a Uber por exemplo, é uma delas.
No entanto, a prática também tem feito com que motoristas clandestinos ofereçam as viagens, alegando ser parceiros das empresas. Ao concordar com a viagem, o passageiro é obrigado a pagar valores bem acima do cobrado dentro da plataforma.
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Dessa forma, além do lucro com o valor da viagem superfaturada, o motorista ainda ganha por fora, uma vez que o pagamento não é feito dentro da plataforma, e não há uma retenção de taxa cobrada pelo serviço ofertado pela empresa.
Na cidade de Porto Alegre, por exemplo, 286 motoristas foram autuados praticando a atividade irregular, conforme explica a Empresa Pública de Transporte e Circulação, a EPTC.
Nesse sentido, condutores que forem flagrados oferecendo os serviços de viagem clandestina deverão pagar uma multa de R$ 293,47, e sete pontos na Carteira Nacional de Habilitação, a CNH, uma vez que a prática é considerada infração gravíssima.
De acordo com o gerente de Fiscalização e Transporte da EPTC, Luciano Souto, “Hoje isso não é permitido, é considerado transporte clandestino e a fiscalização vem acompanhando diariamente essas movimentações.”
Além disso, conforme explica o delegado Alexrande Fleck, a prática também deve ser considerada como estelionato, uma vez que o motorista conduz o passageiro ao erro, o fazendo acreditar que está praticando uma atividade conhecida e legal.
Sobre os valores, em uma reportagem conduzida pelo G1 averiguou que uma corrida na cidade de Porto Alegre, que pelo aplicativo teria o valor de R$ 12,50, teve o valor final de R$ 50,00 através do transporte clandestino.
O que diz a Uber sobre o serviço irregular
É válido lembrar que a atividade nada tem a ver com a Uber. A empresa não tem ligações com as atividades ofertadas pelos motoristas irregulares, que apenas usam o nome da plataforma para ganhar maior confiabilidade pelo serviço.
Em nota, a empresa explica que todas as viagens devem ser solicitadas pelo aplicativo, onde o usuário recebe todas as informações necessárias via aplicativo para iniciar o trajeto, como preço, forma de pagamento, nome e foto do motorista, placa do veículo, bem como modelo e cor.
“Dessa forma, qualquer viagem feita fora desses padrões não é uma viagem de Uber e, portanto, não dispõe das diversas ferramentas de tecnologia e processos de segurança oferecidas pela plataforma, nem é coberta pelo seguro APP que cobre acidentes pessoais durante viagens na plataforma.”
Fonte: G1