Executivo da Citroën diz que preços dos carros elétricos é um problema; entenda

Os carros elétricos serão parte do futuro de uma mobilidade sustentável. Porém, é necessário investir no desenvolvimento de tecnologias capazes de baratear o custo de produção, principalmente das baterias. Entenda o que diz o executivo da Citroën sobre o assunto.

O alto preço para adquirir carros elétricos é um problema geral. No entanto, marcas trabalham em tecnologias para baratear os custos.
O alto preço para adquirir carros elétricos é um problema geral. No entanto, marcas trabalham em tecnologias para baratear os custos (Foto: Freepik)

Preço dos carros elétricos é um problema geral

Aqui no Brasil, os carros elétricos estão em crescimento lento, porém, constante. Tal evolução demorada se dá pelo fato do alto investimento necessário para levar um veículo 0 emissão de carbono para casa.

O carro elétrico mais barato do país tem preço de R$ 140 mil, bem distante do mais barato a combustão, que tem valor de R$ 62,4 mil.

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Ao analisarmos o Renault Kwid, modelo disponível em motorização elétrica e a combustão, a diferença de preço chega a ser de 127%, onde a versão a combustão tem preço inicial de R$ 64.690, enquanto a configuração elétrica tem valor de R$ 146.990.

No entanto, o problema de custos que envolvem um carro elétrico não é exclusividade brasileira, pelo contrário. Em locais como na Europa, por exemplo, a alta diferença de preço também prejudica a ascensão dos eletrificados.

Sobre esse assunto, o executivo da Citroën, Arnaud Ribault, afirmou que “a eletrificação tem aumentado tanto os preços dos carros que as pessoas poderão não conseguir mais compra-los.”

A declaração foi feita durante uma entrevista à revista britânica Autocar. De acordo com ele, a equipe de engenheiros e especialistas da montadora francesa “está trabalhando para reduzir os custos de produção”, dos eletrificados.

Essa não é a intenção apenas da Citroën, mas de diversas marcas que tentam se posicionar melhor no segmento, e popularizar os veículos, como a Volkswagen, que pretende ser líder no segmento a partir de 2024.

Baterias são as responsáveis por encarecer os modelos

De forma geral, a composição mecânica de um carro elétrico é mais simples no comparativo com veículos a combustão, tendo em vista a quantidade reduzida de peças e componentes. O responsável por encarecer o produto final é justamente o conjunto de baterias.

Diante desse cenário, novas tecnologias são estudadas para baratear o custo de produção. A Nissan tem trabalhado no desenvolvimento de baterias de estado sólido. A marca acredita que elas podem ser as responsáveis por colocar os EVs no mesmo nível de custo dos veículos movidos a gasolina, por exemplo,

Espera-se que as baterias de estado sólido sejam uma tecnologia revolucionária para acelerar a popularidade dos veículos elétricos.

Eles têm uma densidade de energia aproximadamente duas vezes maior que as baterias convencionais de íons de lítio, as usadas atualmente, tempo de carregamento significativamente menor devido ao desempenho superior de carga/descarga e menor custo graças à oportunidade de usar materiais mais baratos.

O alto preço para adquirir carros elétricos é um problema geral. No entanto, marcas trabalham em tecnologias para baratear os custos.
Nissan estuda baterias de estado sólido (Foto: Freepik)

Nicole Santana
Nicole SantanaJornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.
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