Exame toxicológico: multa começa hoje e cocaína lidera drogas detectadas

A partir desta sexta-feira (02/07) começa a obrigatoriedade da apresentação do exame toxicológico para motoristas das categorias C, D e E. A multa pode ser de R$ 1.467,35.

Ação tem o objetivo de coibir o uso de drogas ilícitas e garantir segurança de todos. Foto: SP Trans

Exame toxicológico obrigatório

Os motoristas deverão portar o resultado do teste. Caso o condutor seja flagrado sem o exame, a multa pode chegar a R$ 1.467,35.

Além disso, a falta do exame resulta em sete pontos na carteira. Também, pode haver suspensão do direito de dirigir por três meses, a partir do momento de renovar a CNH (Carteira Nacional de Habilitação).

Enquanto isso, de acordo com a Abtox (Associação Brasileira de Toxicologia), que reúne os quatro principais laboratórios que fazem o teste, cerca de 1/3 dos condutores ainda não realizou o exame.

A ação tem o objetivo de coibir o uso de drogas ilícitas por condutores das categorias C, D e E. Dessa forma, evitando acidentes, que colocam em risco os motoristas, demais condutores, passageiros, além de pedestres.

exame toxicológico
Dos resultados positivos, mais de 67% apontou presença de cocaína. Foto: O Estado de Minas

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Cocaína lidera

De acordo com a Abtox mais de 187 mil motoristas relevaram resultado positivo para o teste. O mesmo levantamento aponta que 67,1% dos resultados positivos demonstraram presença de cocaína. No caso, dente os mais de 187 mil motoristas que testaram positivo.

Em seguida, vêm as substâncias derivadas de ópio, com 21,7% de presença nos exames toxicológicos. Depois, anfetaminas ou os chamados rebites (5,8%). Por fim, a maconha (5,4%).

Foto: Prefeitura de Marechal Rondon

Conforme diretor-geral da PRF (Polícia Rodoviária Federal), Renato Dias, entre os anos de 2017 e 2018, cerca de 2% dos condutores das categorias em questão testaram positivo.  Com isso, conclui-se que a maioria dos motoristas não faz uso de drogas ilícitas ao conduzir.

Ainda assim, para Dias, os resultados são preocupantes. “O volume não é desprezível para acidentes com mortes. Além disso, até hoje, quando as multas começam a ser aplicadas, muitos motoristas deixavam de renovar a CNH.”, fala o diretor-geral da PRF.

O diretor executivo da CNTA (Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos), Marlon Maués salienta, também, que a minoria faz uso drogas ilícitas. “Mesmo assim, a confederação vê com bons olhos o exame toxicológico, pois toda a sociedade ganha com isso”, Maués.

 

Erica Franco
Erica FrancoJornalista por formação com mais de 15 anos de experiência em redação geral e automobilística. Passagens pelo caderno "Máquina e Moto" do Jornal Agora São Paulo, Folha online, Jovem Pan, Uol, Mil Milhas, Revista Consumidor Moderno, Portal No Varejo, entre outros. Atualmente dedica-se a função de editora do portal Garagem360, apurando notícias do universo automotivo e garantindo o padrão de qualidade dos conteúdos veiculados.
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