Estudo revela que filtro de ar esportivo não aumenta a potência do carro

O filtro de ar esportivo tem como principal objetivo aumentar a potência do motor, já que, em tese, enriquece a mistura entre ar e combustível.

O filtro de ar esportivo tem como principal objetivo aumentar a potência do motor, já que, em tese, enriquece a mistura entre ar e combustível. Por ter um preço relativamente baixo (é possível encontrar modelos na casa dos R$ 200), ele costuma ser bastante utilizado por quem deseja melhorar a performance sem grandes investimentos. Entretanto, um estudo realizado pelo Centro Universitário Newton Paiva revelou que a instalação apenas da peça não promove nenhum aumento de potência e torque do motor.

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Filtro de ar esportivo: potência

Orientados pelo engenheiro mecânico e professor Luiz Brant, os alunos Lucas Costa Fagundes e Raylan Rodrigues utilizaram o estudo em seu trabalho de conclusão de curso. Nos testes, que foram realizados em um carro de passeio convencional, embora o filtro esportivo realmente permita que mais ar passe, a central eletrônica do veículo corrige o fluxo, fechando a borboleta do motor.

“A central é programada de fábrica para permitir um determinado volume de ar específico. É ela quem controla isso, por isso há essa limitação, para garantir que o veículo tenha a potência informada e emita a quantidade correta de gases poluentes”, explica Luiz.

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Segundo o professor, essa limitação ocorre apenas nos carros com injeção eletrônica. “Em um carro com carburador é diferente. Basta apenas realizar um ajuste nele, que é bem simples de ser feito, para que o filtro ajude a liberar mais potência”, conta o professor.

Ajustes na central

Entretanto, o filtro de ar esportivo não é o vilão da história. Ele até cumpre seu papel, conforme o experimento atestou. É a central eletrônica a responsável pelo não enriquecimento da mistura, fechando a borboleta e evitando que a maior quantidade de ar entre na câmara de combustão.

Para solucionar este problema, Luiz aponta duas soluções: investir em uma reprogramação ou em uma central esportiva. “Com a programação alterada, a central de fábrica permite que haja um ganho de desempenho. Uma nova, com perfil esportivo, também permite que seja feita a calibragem de acordo com a performance desejada”, diz.

“Não existe milagre. O filtro esportivo permite uma passagem de ar maior, com ganhos entre 40 e 60%, mas sozinho não resolve”, finaliza Luiz.

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Escrito por

Leo Alves

Jornalista formado na Universidade Metodista de São Paulo e participante do curso livre de Jornalismo Automotivo da Faculdade Cásper Líbero, sou apaixonado por carros desde que me conheço por gente. Já escrevi sobre tecnologia, turismo e futebol, mas o meu coração é impulsionado por motores e quatro rodas (embora goste muito de aviação também). Já estive na mesma sala que Lewis Hamilton, conversei com Rubens Barrichello e entrevistei Christian Fittipaldi.

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