Estes são os 10 carros preferidos dos ladrões em 2023 (e desmanches): o seu está na lista?
De acordo com levantamento, o número de roubo e furto de automóveis aumentou 28,2%; veja quais são os mais visados.
O aumento de desmanches é um dos fatores responsáveis pelo número elevado de roubos e furtos de automóveis em São Paulo. Veja quais são os carros preferidos dos ladrões.
Esses são os carros preferidos dos ladrões
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) relativa a furtos e roubos.
Os dados são alarmantes: no ano passado, foram registradas 564 mil ocorrências relativas a veículos, incluindo carros e motos. Isso equivale a dizer que o Brasil tem 64 roubos e furtos de veículos por hora.
Ao Uol Carros, o gerente de operações da Ituran, Rodrigo Boutti, afirmou que o maior índice de furtos está diretamente ligado ao desmanche e ao comércio ilegal de peças.
Os 10 carros preferidos dos ladrões para roubo e furto em São Paulo
- Volkswagen Gol
- Fiat Uno
- Chevrolet Onix
- Ford Ka
- Chevrolet Corsa
- Hyundai HB20
- Fiat Palio
- Volkswagen Fox
- Toyota Hilux
- Chevrolet Prisma
Detran-SP realiza operações para acabar com desmanches ilegais
De acordo com o Detran.SP os desmanches podem ser as principais causas para o aumento dos roubos e furtos veiculares.
Com o objetivo de combater a atuação de desmanches envolvidos em crimes de receptação e associação criminosa, roubos e furtos de veículos e cargas, a Secretaria da Segurança Pública, por meio do Centro Integrado de Comando e Controle (CICC) e da Polícia Civil, em conjunto com o Detran.SP, realiza a Operação Box.
Os alvos da ação realizada desde o último mês foram previamente selecionados pela Polícia Civil, após levantamento realizado com base em investigações e informações detalhadas, parte delas sobre estabelecimentos do setor, repassadas pelo Setor de Fiscalização do Detran.SP.
Organizada pelo Procarga (Programa de Prevenção e Redução de Furtos, Roubos, Apropriação Indébita e Receptação de Carga), que faz parte do CICC (Centro Integrado de Comando e Controle) da Polícia Civil, as ações contam com apoio da Sefaz – Secretaria da Fazenda e Planejamento do Estado de São Paulo, das prefeituras locais e da Polícia Militar.
Ocorrem na Capital, nos municípios de Santo André, Osasco e Arujá da Grande São Paulo e nas regiões de São José dos Campos, Campinas, Santos e Sorocaba.
O foco está na fiscalização conjunta a desmontes e desmanches, para o combate aos estabelecimentos clandestinos e também checagem das condições e atividades dos credenciados junto ao Detran.SP.
Na capital, as buscas se concentram nas avenidas Rio das Pedras, com colaboração da Subprefeitura do Aricanduva (zona leste), e Ricardo Jafet, com apoio da Subprefeitura do Ipiranga (zona sul).
Importante ressaltar que os desmanches clandestinos e irregulares, muitas vezes, acabam por oferecer à população as chamadas “peças de sangue”, porque suas atividades, em geral, são alimentadas pelos produtos de outros crimes, como roubo de veículos, desvios de cargas, latrocínio, corrupção e lesões à sociedade.
Em fevereiro, foram fiscalizados 75 estabelecimentos comerciais, além de outros locais clandestinos previamente identificados pelas equipes de investigação em todo o Estado.
No último boletim do dia, as ações já haviam resultado na emissão de 33 autos de prisão em flagrante, inclusive de envolvidos em roubo de carga e em receptação e crime contra ordem tributária, além do cumprimento de mandado de prisão contra suspeitos de latrocínio e de roubos de motos.
No total, 58 pessoas foram presas por atividades diretamente relacionadas aos desmanches clandestinos ou irregulares, suspeitas de envolvimento em crimes de receptação, associação criminosa e crimes de relação ao consumo.
Do total de estabelecimentos fiscalizados, 43 desmanches foram autuados – 24 deles inclusive lacrados por não terem registro junto ao Detran.SP, enquanto outros 19 estabelecimentos credenciados no Órgão foram autuados por falta de rastreabilidade de peças, vendas de peças proibidas, desmontagem de veículos sem baixa.
Do total de fiscalizados, outros 32 estabelecimentos foram fechados ou exerciam outras atividades não relacionadas à comercialização regular de autopeças.
Cerca de outras 100 pessoas foram presas suspeitas ou procuradas (já condenadas) por outros crimes, como os de roubo de veículos, roubo de motocicletas, latrocínio e até tráfico de drogas, descobertas durante as investigações e flagrantes da Operação Box.
Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.