Uma coisa é certa, ele fez imenso sucesso desde seu lançamento. Porém, anos depois, o carro já não faz o mesmo sucesso de antes. Lançado em 2015 no Brasil e antes um sucesso de vendas, nem mesmo a chegada do de uma nova linha no ano passado amenizou a queda do modelo.
Jeep Renegade já não está mais entre os mais vendidos
De acordo com a Federação Nacional da Distribuição dos Veículos Automotores (Fenabrave), o Jeep Renegade foi o 12º veículo mais vendido do país em 2022 com 51.398 unidades.
O modelo ficou atrás dos concorrentes de categoria: Hyundai Creta (10º com 62.651 vendas), Volkswagen T-Cross (7º com 65.341 vendas) e Chevrolet Tracker (6º com 70.806 vendas).
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Além disso, também perdeu para o ”irmão” Jeep Compass, 9º no ranking com 63.564 emplacamentos. Nos dois primeiros meses de 2023 o Jeep Renegade ocupa a mesma 12ª colocação. Até o momento foram 6.068 comercializações.
Enquanto isso, no mesmo período, além dos três concorrentes já citados, o Nissan Kicks também ficou a frente do Renegade entre os SUVs.
Veja como está o ranking dos veículos mais vendidos até fevereiro deste ano (somente automóveis):
GM Onix – 13.246
GM Onix Plus – 11.289
Hyundai Creta – 9.575
GM Tracker – 9.065
Fiat Argo – 8.817
VW T-Cross – 8.748
Jeep Compass – 8.569
Fiat Mobi – 8.282
Hyundai HB20 – 7.833
Renault Kwid – 7.134
Anos dourados do Renegade
Hoje o Jeep Renegade briga para voltar ao top 10 de vendas e top 5 entre os SUVs, mas nem sempre foi assim.
Em 2021 o modelo foi o SUV mais vendido do país e terceiro em todas as categorias. Naquele ano foram 73.913 emplacamentos, ficando atrás apenas dos hatches Hyundai HB20 (86.455) e Fiat Argo (84.644).
Consumo é o vilão?
Ao comparar os cenários de 2021 e atual, poucas são as mudanças com relação aos modelos que ocupam o topo de emplacamentos do país.
Dessa forma, é possível dizer que a queda do Jeep Renegade se deve a fatores individuais, ou seja, que dizem respeito as características do próprio SUV e não algum diferencial dos rivais.
O primeiro e talvez principal motivo é o alto consumo de combustível.
Segundo o Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular (PBEV) do Inmetro, o Jeep Renegade nas versões Serie S e Trailhawk são capazes de percorrer apenas 9 km/l na cidade e 10,7 km/l na estrada, com gasolina.
Quando são abastecidos com etanol, o consumo fica ainda maior: 6,2 km/l na cidade e 7,5 km/l na estrada.
Nem mesmo a presença de rivais de categoria no mesmo ranking indesejado parece ter diminuídos os danos ao Renegade.
O aumento da concorrência na categoria SUV com a chegada de modelos da Fiat pode ser outro fator considerável para a queda.
Nesse sentido, a artilharia pesada do Fiat Pulse e Fastback tem sido um pedra no sapato do Renegade, já que disputam o mesmo segmento de mercado.
Veja a nossa avaliação com o Jeep Renegade.
Preço é o problema?
O Jeep Renegade na versão Sport custa atualmente R$ 134.190.Enquanto isso, o Chevrolet Tracker está disponível a partir de R$ 136.990. Já o Volkswagen T-Cross aparece no site oficial da montadora por R$ 136.990. Por fim, o Hyundai Creta e o Nissan Kicks custam, R$ 128.290 e R$ 110.990, respectivamente.
Relatos nas rede socais
O carro também passou a ganhar fama nas redes socais após os próprios proprietários relatarem casos em que o veículo não é capaz de superar desafios dos mais simples aos mais extremos, que no entanto, é superado por outros modelos.
É válido lembrar também, que o carro tem configurações 4×4 e 4×2, além de versões flex e diesel, sendo que essa última não é mais vendida desde a última atualização do SUV.
As histórias chegam a ter um certo teor cômico, uma vez que as dificuldades encontradas pelo Renegade puderam de alguma forma ser superadas por um Fiat Uno, por exemplo. Tanto que, o SUV da marca norte-americana, já foi chamado por certas vezes de “Uno bombado”.
Porém, verdade seja dita: a atual linha do SUV tem uma versão bem especial que pode encarar desafios com mais facilidade, a Traihawk, que inclusive já foi testado pelo Garagem360, veja:
