Gastos com carro são maiores do que com alimentação e saúde, diz pesquisa

Uma pesquisa feita pelo IPC Maps – consultoria especializada no mercado consumidor brasileiro – estima que, até o final de 2022, o setor automotivo do País terá movimentado mais de R$ 604,5 bilhões – o que representa 11% a mais do que no ano anterior. Além disso, que os gastos dos brasileiros com carro já ultrapassam o que é destinado à alimentação e à saúde. Veja os detalhes surpreendentes do levantamento.

carros
(Foto: Reprodução)

Saiba quais são os principais gastos com o carro, de acordo com pesquisa

Para o cálculo, a empresa levou em consideração gastos com o carro como:

  • consumo de combustível
  • troca de óleo
  • manutenção automotiva
  • trocas ou reparos em pneus
  • custo com estacionamentos
  • lavagem

Crescimento da frota brasileira

A pesquisa da IPC Maps também revela que, em 2021, a frota brasileira era de aproximadamente 109 milhões – entre automóveis, motos, caminhões, ônibus e outros. Já em 2022, a frota até setembro subiu para mais de 113,4 milhões de veículos. Isso explica também, o maior gasto do País com carros e outros veículos.

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Índices de potencial de consumo de acordo com a região

A pesquisa mostra, ainda, o crescimento no potencial de consumo de cada classe social – no caso, em relação aos gastos e investimentos com o carro.

Na Região Norte, de acordo com a IPC Maps, todas as classes sociais (A, B1, B2, C1, C2, D e E) gastaram mais com carros em 2022 quando comparado ao mesmo período em 2021.

O destaque fica por conta das classes C2 e A – cujos gastos com o carro aumentaram em 31,12% e 25,87%, respectivamente.

Somente as regiões Sudeste e Centro-Oeste tiveram queda no no potencial de gastos com o carro em algumas classes – se compararmos 2022 com 2021.

No Sudeste, por exemplo, as classes B2 e C1 tiveram queda de gastos de 0,84% e 1,66%, respectivamente. Já no centro-oeste, a classe C1 perdeu potencial de despesas com veículos em 3,18%.

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Consumo em Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo

Na região sudeste, Belo Horizonte, Curitiba, Rio de Janeiro e São Paulo apresentaram queda no potencial de gastos com o carro em alguma classe social.

Em Belo Horizonte, por exemplo, as classes B2 e C1 tiveram queda de 15,82% e 20,91%, respectivamente. Curitiba teve retração de gastos apenas entre as classe D e E, com queda somada de 25,92%.

Enquanto isso, no Rio de Janeiro, as classes B2 e C1 apresentaram queda no potencial de gastos com carros de 12,56% e 16,94%, respectivamente. Por fim, em São Paulo,  classes B2 e C1 perderam potencial em gastos com o carro em 15,96% e 20,51% – respectivamente.

Crescimento dos transportes por aplicativos e deliveries também entram na conta

“Como na ocasião muitas indústrias pararam de produzir, principalmente autopeças eletrônicas, as empresas tiveram de prolongar os prazos de entrega e reajustar seus valores”, ressalta o responsável pelo IPC Maps, Marcos Pazzini.

“Enquanto isso, crescia a demanda por transportes via aplicativos e deliveries, tanto pelo consumidor — que passou a usar mais esses serviços —, quanto pelos trabalhadores — que viram nesse segmento uma oportunidade de compensar a perda do emprego ou de parte do seu salário, ou mesmo, de ter uma renda extra”, avalia e finaliza Pazzini.

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Erica Franco
Erica FrancoJornalista por formação com mais de 15 anos de experiência em redação geral e automobilística. Passagens pelo caderno "Máquina e Moto" do Jornal Agora São Paulo, Folha online, Jovem Pan, Uol, Mil Milhas, Revista Consumidor Moderno, Portal No Varejo, entre outros. Atualmente dedica-se a função de editora do portal Garagem360, apurando notícias do universo automotivo e garantindo o padrão de qualidade dos conteúdos veiculados.
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