Especialista revela a principal causa da queima da junta do cabeçote e ensina como evitar

Não precisa ser muito entendedor para saber que o motor é um dos principais componentes de um carro. Dessa forma, a queima da junta do cabeçote pode fazer qualquer motorista ficar maluco. Veja como evitar isso! 

Importância da junta do cabeçote

A junta do cabeçote é projetada para vedar a conexão entre o bloco e o cabeçote do motor.  

Desse modo, a peça é essencial para o funcionamento e vida-útil dos veículos, evitando que fluidos, como óleo lubrificante e líquido de arrefecimento se misturem. 

Ao mesmo tempo, o componente mantém a compressão da mistura ar/combustível dentro das câmaras de combustão, garantindo a performance e eficiência dos componentes mecânicos.

Em outras palavras, não parece ser boa ideia correr o risco de queimar a junta do cabeçote, que além de tudo, pode fazer o proprietário gastar uma grana e tanto. 

Como evitar queima do item 

A queima da junta do cabeçote pode ser reparada antes de provocar grandes prejuízos, como explica o coordenador técnico da TAKAO, marca de componentes para motor, Marlon Silva: 

“A queima da junta do cabeçote ocorre pelo contínuo funcionamento do motor em temperaturas extremas, o que afeta as condições físicas da composição da peça, que se desgastam prematuramente, reduzindo sua eficácia, até queimá-la. Mas esse não é um processo imediato. Ela acontece gradativamente e pode ser identificada por uma série de sinais”, afirma o coordenador técnico.

Sinais da queima da junta do cabeçote

Como declara o especialista Marlon Silva, alguns indicativos dão conta de que a junta do cabeçote pode estar comprometida, como: 

• Perda de potência do motor

• Alto consumo de óleo e combustível

• Fumaça no sistema de exaustão (fumaça branca pelo escape)

• Vazamentos

• Contaminação de fluidos 

Como identificar queima da peça  

Para identificar a queima da junta do cabeçote é preciso realizar alguns procedimentos, como teste de pressão do líquido arrefecedor para determinar se há vazamentos externos.

Com o reservatório de expansão completo, deixa-se o motor do veículo em funcionamento por um período. 

À noite, o veículo é desligado e pela manhã, é feita uma inspeção no motor e abaixo do carro, procurando por manchas e poças de fluído vazado após o resfriamento do conjunto motriz. 

Outra maneira de avaliar o comprometimento da junta do cabeçote é com a utilização de um boroscópio, equipamento com uma microcâmera para verificar se há algum sinal de fluido na câmara de admissão. 

Escrito por

Gervásio Henrique

Jornalista com maior experiência profissional no setor automotivo. Atualmente redator do Grupo Gridmidia com foco no portal Garagem360. Temas como: mobilidade, serviços e setor de caminhões estão entre as preferências.