Especialista fala sobre tendências do mercado de carros usados em 2022

Confira a opinião do especialista Gustavo Braga sobre o mercado de carros usados em 2022, tendo em vista o cenário de aumento de preços.

O mercado automotivo brasileiro passou por grandes alterações de preço no último ano. Tanto o segmento de zero quilômetro, quanto o de seminovos viu os preços dispararem, como consequência da falta de componentes automotivos para a produção dos veículos. Porém, já no fim do ano, o mercado de carros usados voltou a ver os preços reduzirem, muito por conta o aumento do IPVA 2022. Dessa forma, veja a opinião do especialista no setor sobre as tendências para esse ano.

Veja a opinião do especialista sobre o mercado de carros usados em 2022, diante do cenário atual (Foto: Pixabay)

Carros usados em 2022: quais as tendências e expectativas para 2022

O ano de 2021 se encerrou, e ele foi aquecido para o mercado de carros seminovos e usados. Em dez meses, de janeiro a outubro, as vendas aumentaram quase 30% em relação ao mesmo período de 2020. Mas será que isso são águas passadas? O que  devemos esperar do mercado de carros usados em 2022?

Para o especialista no assunto, o diretor de comunicação da Carupo, Startup de compra e venda de veículos, Gustavo Braga, esse ano será promissor para o mercado de seminovos.

Segundo a previsão da Anfavea, a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores, não haverá redução nos preços, pelo menos não nos primeiros meses desse ano. O principal motivo é o dólar alto, o que impacta a importação de peças e insumos, consequentemente encarecendo os produtos produzidos no país. Isso reflete no valor do veículo para o consumidor final e abre margem para a expansão dos seminovos e usados.

Segundo a previsão da Anfavea, o preço dos veículos não irão abaixar nos primeiros meses de 2022 (Foto: Pixabay)

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O aumento de preços dos carros durante o último ano

Braga ainda reforça que os carros novos, mesmo os modelos de entrada, estão com valores altos – dificilmente encontrados por menos de R$ 70 mil, o que leva as pessoas a repensarem a compra e buscarem alternativas nas opções de segunda mão, cujo valor, em alguns casos, se aproxima de um novo, por conta da supervalorização do mercado.

Além disso, o especialista comenta que a situação em determinados locais, como em São Paulo. No estado, o governo ajustou os impostos. A alíquota do ICMS, o Imposto sobre Operações relativas à Circulação de Mercadorias e sobre Prestações de Serviços, aplicado na comercialização em concessionárias e lojistas do setor deve voltar aos patamares originais e baixar – em 2020 apresentou aumento de 200%.

Ademais, ao menos dez montadoras ao longo de 2021 paralisaram suas produções para tentar frear a crise sanitária, e pelo simples fato de a indústria não conseguir absorver a demanda de produção das peças, impactando os novos, que chegaram a ter fila de espera para compra. Essa movimentação não deve se repetir nesse ano.

“O segmento automotivo se recupera da crise, mas mudou de perfil, abrindo espaço para os seminovos, já que, para muitos, o cheirinho de carro novo vai ter que esperar a economia se estabilizar.” Finaliza, Gustavo Braga.

O perfil do consumidor brasileiro mudou em 2021 (Foto: Pixabay)

Escrito por

Nicole Santana

Jornalista e especialista em comunicação empresarial, com bagagem de mais de três anos atuando ativamente no setor automotivo e premiada em 2016 por melhor reportagem jornalística através do concurso da Auto Informe. Atualmente dedica-se à redação do portal Garagem 360, produzindo notícias, testes e conteúdo multimídia sobre o universo automobilístico.

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