Especialista ensina reconhecer lubrificantes automotivos falsos e originais
Lubrificantes automotivos falsos aumentam consumo e reduzem desempenho, além de outros problemas para o carro. Como não cair nessa cilada?
O fato de serem produtos de consumo massivo faz com que os lubrificantes automotivos chamem a atenção de falsificadores. De acordo com a Associação Brasileira de Combate à Falsificação (ABCF), aproximadamente 30% de todos os produtos falsificados no país referem-se a itens automotivos, relacionados, especialmente, à motorização.
Diante disto, é preciso entender as consequências da utilização de lubrificantes automotivos falsificados para a saúde dos veículos. Além de saber diferenciar produtos falsificados de originais. E quem nos orienta é Marcelo Martini, especialista no assunto e gerente de vendas da Fuchs – uma das maiores fabricantes independente de lubrificantes.
Lubrificantes têm papel fundamental para o bom funcionamento do veículo e para a garantir a eficiência
De acordo com Martini, antes de mais nada, os lubrificantes automotivos, de modo geral, são misturas de óleos básicos e aditivos, responsáveis por melhorar ou desenvolver novas propriedades aos lubrificantes, como proteção contra corrosão e desgaste de peças, por exemplo﹒
Neste sentido, o especialista explica que estes produtos desempenham papel fundamental para o bom funcionamento do veículo e para a garantia de eficiência do automóvel.
“A partir disto, um dos pilares que garante a qualidade e evita problemas de funcionamento veicular é a utilização de produtos homologados”, ressalta Marcelo Martini.
Principais diferenças entre os lubrificantes automotivos originais e falsificados
Martini fala que, embora apresentem colorações semelhantes, os lubrificantes automotivos falsificados não possuem a aditivação correta para gerar a proteção necessária para o motor do veículo, comprometendo drasticamente a vida útil do automóvel.
“Isto ocorre porque, normalmente, estes produtos são preparados em fábricas “caseiras”, sem nenhum cuidado com qualidade e sem a fiscalização da Agência Nacional de Petróleo (ANP)”, esclarece o especialista.
Desta forma, sem a proteção efetiva, o motor sofre um desgaste prematuro das peças. Nos casos mais graves pode ocasionar a quebra de pistões ou, até mesmo, do bloco de motor, gerando um enorme prejuízo financeiro ao proprietário do veículo.
Devido à inexistência da película protetora, que garante a lubrificação adequada dos componentes, a utilização destes lubrificantes falsificados eleva a temperatura de funcionamento do veículo.
“Assim, conferindo um consumo maior de combustíveis, além de facilitar a formação de borras e vernizes dentro do motor, o que contribui para aumentar, ainda mais, os gastos do proprietário, bem como preconizar o funcionamento efetivo do automóvel”, ressalta.
E o especialista continua. Ele explica também que, além de todos os problemas relacionados à saúde do veículo e aos custos ao proprietário, a utilização de lubrificantes automotivos falsificados pode gerar consequências ainda mais graves:
“Com a falta de proteção às peças e a possibilidade de danificações, o risco de acidentes aumenta substancialmente, colocando, não apenas a saúde do veículo, mas também a vida dos ocupantes em risco”, alerta Marcelo Martini.
Dicas para evitar o risco de utilizar lubrificantes falsos
De acordo com Martini, para garantir a utilização de lubrificantes automotivos originais e de qualidade comprovada, é essencial que, tanto o proprietário, quanto o profissional, estejam atentos a todos os detalhes durante a troca de óleo.
Para isto, o especialista orienta que é necessário avaliar a origem dos produtos e o tempo de atuação no mercado. Consultar o “Boletim de Monitoramento de Lubrificantes”, realizado pela ANP – uma ótima opção para se atentar a estes detalhes.
Além disso, outras ações simples podem auxiliar os proprietários neste momento, como desconfiar de preços excessivamente baixos, pesquisar o CNPJ da empresa, verificar a data de fabricação e de validade no rótulo dos produtos e certificar-se de que o produto conte com lacre na tampa.
É importante ressaltar que o consumidor pode acionar a ANP caso desconfie de falsificação de produtos ou denunciar se for necessário.
“O mais importante é garantir a utilização de lubrificantes automotivos de qualidade. O mercado investe, cada vez mais, em tecnologias fundamentais para o desenvolvimento de lubrificantes, aumentando significativamente o padrão de qualidade destes produtos”.
“Portanto, é imperativo optar sempre por lubrificantes homologados e aderentes às exigências e especificidades de cada veículo”, finaliza o especialista e gerente de vendas da Fuchs.
Jornalista por formação com mais de 15 anos de experiência em redação geral e automobilística. Passagens pelo caderno "Máquina e Moto" do Jornal Agora São Paulo, Folha online, Jovem Pan, Uol, Mil Milhas, Revista Consumidor Moderno, Portal No Varejo, entre outros. Atualmente dedica-se a função de editora do portal Garagem360, apurando notícias do universo automotivo e garantindo o padrão de qualidade dos conteúdos veiculados.