Envelopamento automotivo protege a lataria e dura até três anos
Envelopar um veículo ainda é um processo alvo de muitas dúvidas (torcidas de nariz, polêmicas…). Afinal, este tipo de serviço protege a lataria? Retirar o adesivo deixa manchas no carro? É preciso fazer a alteração na documentação? O Garagem 360 conversou com especialistas no assunto para saber um pouco mais sobre a tão controversa adesivagem automotiva.
O processo é realizado em etapas. Primeiro o carro recebe uma lavagem especial que tira qualquer resíduo de sujeira que possa estar impregnado na carroceria. Só com o automóvel extremamente limpo é que a colagem começa.
O cliente, então, deve escolher entre adesivos de aparência fosca, metálica ou transparente, que servem unicamente para o propósito de proteção, mas também podem ser encarados como decorativos. As opções são envelopar a lataria toda ou apenas algumas partes.
Na Pompeia Tunning, de São Paulo, o tempo e o preço variam de acordo com o modelo. Em veículos de pequeno e médio porte, como um Hyundai HB20, o serviço pode levar de três a quatro dias e custar entre R$ 1.500 e R$ 1.750 dependendo da película escolhida.
“O preço ainda tem relação com a durabilidade do material que será usado no envelopamento”, conta Leonardo Lucchesi, proprietário da oficina. A vida média também sofre alterações dependendo do tipo escolhido. “Tenho produtos que duram até sete anos e outros que têm vida útil de um ano e meio”. Em geral, o especialista afirma que o adesivo resiste de três a quatro anos sem precisar de substituição.
Charles Bueno, dono da oficina Preto Fosco, de São José dos Campos, no interior de São Paulo, garante que se o condutor fizer a manutenção adequada e limpar utilizando apenas detergente neutro e ceras recomendadas, o adesivo pode durar até dez anos. “Aqui, o serviço completo custa entre R$ 1.150 e R$ 3.700, e os produtos importados geralmente são mais caros”, informa.
LEIA MAIS: Serviço de pintura automotiva exige cuidados
Protege e não macha
A nova textura funciona como uma película de tela de celular. Ao ser colado, ele passa a proteger o carro de ralados leves e de compostos que poderiam estragar a pintura, tais como chuvas ácidas ou de granizo. É importante destacar que ela não serve de escudo e, por isso, nem todos os danos que o automóvel sofrer serão absorvidos pela aplicação.
Caso se arrependa ou enjoe do adesivo, o motorista pode ficar despreocupado, pois desfazer o processo é simples. A remoção custa entre R$ 500 e R$ 800 e, teoricamente, não deixa resíduos permanente de cola. “As películas têm cola à base de água, portanto não reage com a tinta”, afirma Lucchesi. Apesar disso, se o veículo passou por retoques mal feitos, a retirada do adesivo pode tirar também parte do verniz e da tinta do local repintado.
Mudança nos documentos
Não é necessário fazer qualquer alteração na documentação do veículo se o envelopamento for da mesma cor da carroceria, mesmo que seja no tom fosco ou metálico. Mas, se quiser alterar a cor principal, aí o proprietário é obrigado a realizar modificações no certificado de registro. Saiba como fazer isso aqui.
Rodrigo Loureiro é repórter do site Garagem 360 e da Agência Entre Aspas. Em 2014 atuou na redação do portal UOL Esporte e também já escreveu para as editorias de tecnologia e turismo de outros portais e publicações.