Assim como ainda acontece com os carros chineses, os carros franceses no Brasil também sofrem determinado preconceito por parte do consumidor nacional. Porém, o problema não está nos carros vendidos pelas montaras atualmente, mas sim, está relacionado ao histórico das mesmas por aqui. Entenda o caso.
Por que os carros franceses deixam o brasileiro com pé atrás?
Nomes como Citroën, Peugeot e Renault, são marcas famosas e consagradas no mercado nacional. Porém, mesmo com anos de história de atuação em terras brasileiras, e com lançamentos cada vez mais tecnológicos, seguros e de qualidade, as montadoras sofrem do mesmo mal: a desconfiança que o brasileiro tem de carros franceses.
Mas por que isso acontece, já que há tanto investimento por parte das mesmas em novas tecnologias? O problema é um tanto quanto mais antigo.
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Quando as marcas francesas começaram a comercializar produtos no mercado nacional, ainda na década de 90, os modelos das respectivas marcas fizeram grande sucesso por aqui. Com o crescimento de vendas, consequentemente aumentou o número de procuras por manutenção dos modelos.
Porém, a questão não está relacionada ao bom funcionamento do conjunto mecânico ou problemas crônicos apresentados, mas sim, a mecânica diferenciada de carros franceses, que por sua vez, não tinham um conjunto mecânico familiar para os profissionais brasileiros.
Quando a Renault desembarcou no país, a grande maioria dos carros eram derivações de modelos da Dacia, a marca de carros mais populares da montadora francesa. Porém, carros de nível global também foram lançados.
Já nomes como Peugeot e Citroën, integrantes do Grupo automotivo PSA, trouxeram tecnologia que necessitava de mão de obra especializada. Dessa forma, os modelos logo ganharam fama de “difícil de arrumar”, porém, o problema não estava relacionado ao conjunto mecânico do carro, e sim, da atual mão de obra brasileira.
Além da falta de especialização, o que agravou a dificuldade do consumidor brasileiro abraçar de vez os carros franceses, foi o mercado de peças, que por sua vez, eram escassos, o que fazia um modelo francês ficar por tempos parado na oficina esperando o material chegar.
Outro ponto que prejudicou a fama dos carros franceses no mercado nacional foi a revenda. Após serem taxados de ter uma mecânica complicada, quem tinha um carro francês nas mãos, teve complicações em revender. Afinal, ninguém queria um veículo difícil de manter em condições ideias.
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A evolução dos carros franceses no mercado nacional
Porém, esses problemas são águas passadas há anos. Tendo em vista o investimento das montadoras, principalmente no campo de pós-venda, o que envolve a parte de manutenção dos veículos.
Além disso, nomes como a Peugeot e a Citroën, atualmente fazem parte do Grupo automotivo Stellantis, no qual engloba outras marcas como Fiat, Jeep e Dodge, por exemplo. Dessa forma, as montadoras dividem tecnologias, o que pode ser o responsável por desmistificar de vez o tabu de carros franceses.
Hoje, no segmento de seminovos, o Renault Clio continua a ser um modelo muito procurado, o no segmento de zero quilômetro, o Peugeot 2008, o Citroën C4 Cactos e o Renault Sandero, por exemplo, são a prova de que carro francês é também uma boa escolha.
Com informações: CanalTech