Entenda a diferença entre os tipos de pneus
Motorista deve saber reconhecer o componente para evitar o uso incorreto
Nem todo mundo sabe identificar o tipo de pneu usado no seu veículo. Dentre as opções disponíveis do componente, as mais usuais são direcionais, assimétricos e simétricos. E, para evitar o seu uso incorreto, é importante saber reconhecê-los.
Os pneus simétricos são concebidos, normalmente, para carros urbanos e compactos. Segundo Carlos Rodrigues, professor de engenharia mecânica do Centro Universitário da FEI, ele não contém nenhuma seta indicando o sentido de rotação e não possui, em sua lateral, palavras que apontem a posição de montagem específica, como interna ou externa (inside/outside).
“Este produto é recomendado para a pista seca, e uma das vantagens de utilizá-lo é que seu custo é menor (entre R$ 250 e R$ 400) se comparado com outros modelos. Outro benefício é que ele não tem limitação para o rodízio do conjunto”, explica o especialista.
Os assimétricos (preços a partir de R$ 250), por sua vez, possuem em sua lateral palavras indicando uma posição de montagem (inside/outside), mas, assim como os simétricos, também não têm nenhuma seta indicando o sentido de rotação.
Este modelo conta ainda com desenhos diferentes na parte de dentro da banda de rodagem, que executam diversas funções na hora que toca o solo como estabilidade em pavimentos molhados, impedindo o efeito da aquaplanagem.
Segundo o professor da FEI, além do melhir desempenho em curvas e pistas molhadas, os assimétricos têm vantagem de suportar mais peso, devido à estrutura de sua borda larga. E com ele o motorista pode fazer o rodízio do conjunto de todas as formas, desde que não o monte ao contrário.
Já os pneus direcionais possuem uma seta indicando o sentido de rotação, mas não têm, em suas laterais, nada mostrando a posição de montagem. Eles são mais indicado para uso em vias molhadas ou com neve. “A banda de rodagem dessa construção tem desenho bem peculiar, e os sulcos apontam como uma seta, seguindo o sentido de rotação do pneu”, diz Rodrigues.
Para facilitar a identificação, normalmente, a banda de rodagem tem formato de “V”, apontando, assim, em uma direção. Seu preço parte de R$ 270. Se por um lado o produto é vantajoso para rodar em pista molhada, por outro ele pode incomodar por obter um ruído maior que os pneus simétricos e assimétricos.
“Geralmente, ele é voltado para carros esportivos”, ressalta Rodrigues. E, quado se trata deste tipo de componente, deve-se respeitar o rodízio limitado, no qual o conjunto deve ser trocado em linha reta.
Manutenção
Independentemente do pneu utilizado, é preciso cuidar da manutenção para prolongar a sua vida útil, preservar o automóvel e manter motorista e passageiros em segurança. Todos os dias recomenda-se, antes de tirar o carro da garagem, fazer a verificação do estado dos componentes dianteiros e traseiros. Eles não podem estar rachados e nem apresentar saliências ou calombos, e as rodas não podem ter amassados ou com trincas.
Também é indicado manter a pressão correta e fazer a calibração nos prazos estipulados pelo manual do proprietário. O rodízio é outra medida importante – pode ser feito a cada 10 mil quilômetros rodados – para garantir o desgaste homogêneo do conjunto.
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