Em meio a processos judiciais, Tesla reafirma: piloto automático é mais seguro que a direção humana

Tesla reafirma que seu Piloto Automático é mais seguro que a direção humana, mesmo enfrentando processos judiciais por acidentes fatais. Entenda os dados e os desafios legais da tecnologia.

Diante de crescentes desafios legais, a Tesla divulgou um relatório de segurança atualizado que reforça a alegação de que seu sistema de assistência ao motorista, o “Autopilot”, aumenta significativamente a segurança nas estradas. A divulgação ocorre em um momento crucial, com dois importantes processos judiciais envolvendo a tecnologia.

Tesla reafirma que piloto automático é mais seguro que a direção humana

Desde 2018, a Tesla tem liberado voluntariamente dados trimestrais sobre acidentes envolvendo seus veículos. Em suas mais recentes divulgações financeiras do segundo trimestre de 2025, a montadora afirmou que os carros utilizando o Autopilot percorreram mais de 9,6 milhões de quilômetros entre acidentes. Em contraste, os veículos Tesla que não usaram o sistema percorreram pouco menos de 1,6 milhão de quilômetros entre acidentes. A empresa ainda aponta que mesmo esse número menor de quilômetros é superior à média nacional de acidentes.

A Tesla ressalta que o número de acidentes pode variar a cada trimestre e ser influenciado por condições climáticas sazonais. No entanto, os dados do segundo trimestre estão alinhados com os relatórios anteriores da empresa, que consistentemente mostram que a frota com piloto automático percorre uma distância muito maior entre acidentes do que os veículos Tesla sem o sistema, e também supera a média de outros carros nas estradas dos Estados Unidos.

Tesla reafirma: piloto automático é mais seguro que a direção humana - Foto: Divulgação
Tesla reafirma: piloto automático é mais seguro que a direção humana – Foto: Divulgação

É importante notar que essas estatísticas são provenientes de dados autodeclarados pela Tesla e não de análises independentes, o que levanta questionamentos e não conta a história completa. Atualmente, dois processos judiciais alegam que o Autopilot, na verdade, pode representar um risco à segurança por si só.

Primeiro Caso Federal Envolvendo o Autopilot Vai a Julgamento

Nesta semana, um tribunal federal em Miami iniciou o julgamento de um caso de homicídio culposo envolvendo o Autopilot. Em abril de 2019, um Tesla conduzido por George McGee teria ultrapassado um sinal de parada em Florida Keys, atingindo Naibel Benavides e Dillon Angulo, que observavam as estrelas perto da estrada. Benavides veio a óbito, e Angulo sofreu uma lesão cerebral.

A Tesla já enfrentou processos relacionados ao piloto automático anteriormente. Entre os casos mais notórios estão a morte de Walter Huang em 2018, quando seu Tesla Model X colidiu com um divisor de rodovia, e o caso de 2019 envolvendo a morte de Jeremy Banner, cujo Tesla colidiu com um trator. No entanto, esses casos foram resolvidos fora dos tribunais.

Esta é a primeira vez que um tribunal federal ouve um caso alegando que o piloto automático da Tesla causou um acidente fatal, colocando a tecnologia sob um escrutínio ainda maior.

O desfecho deste julgamento pode ter implicações significativas para a percepção pública e a regulamentação dos sistemas de assistência ao motorista, não apenas para a Tesla, mas para toda a indústria automotiva.

Acredita que os dados autodeclarados pela empresa são suficientes? Compartilhe sua opinião nos comentários e participe da discussão!
 
 
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Entrar no canal do Whatsapp Entrar no canal do Whatsapp
Robson Quirino
Escrito por

Robson Quirino

Sou Robson Quirino. Formado em Comunicação Social pelo IESB-Brasília, atuo como Redator/ Jornalista desde 2009 e para o segmento automotivo desde 2019. Gosto de saber como os carros funcionam, inclusive a rebimboca da parafuseta.

ASSISTA AGORA