Em conversa com o blog da Betway, ex-piloto Luciano Burti comenta das dificuldades em correr na F1

Em uma conversa com o blog da Betway o ex-piloto Luciano Burti comenta das dificuldades em correr na F1. Veja aqui tudo sobre!

Durante duas temporadas, em 2000 e 2001, o brasileiro Luciano Burti teve a oportunidade de correr na Fórmula 1. As experiências pela Jaguar e pela Prost foram suficientes para ele entender como funcionam os bastidores da categoria. Em entrevista exclusiva à Betway, Burti comentou sobre as dificuldades que alguns pilotos passam fora do carro, e também a importância da Superlicença na F1. Ele é um grande defensor dessa regra que deixa mais complicado a estreia de pilotos jovens demais para o grid de largada.

Fonte: Unsplash

Luciano Burti estreou na F1 em 2000, quando disputou apenas uma etapa da temporada. Entretanto, no ano seguinte, ele largou em 13 GPs, conseguindo ficar na oitava posição em duas etapas diferentes. Os carros da Jaguar e da Prost nunca foram competitivos, então esses dois resultados mostram o potencial do piloto paulista. Após isso, Burti foi para a Stock Car, onde ficou por mais de 13 anos correndo. Toda essa experiência fez com que ele ganhasse muito conhecimento sobre automobilismo, e fosse escolhido para ser o comentarista esportivo da Rede Globo.

Em entrevista à Betway, site de apostas online, o brasileiro aproveitou para compartilhar a visão que possui dos bastidores da categoria. Ele explicou que é mais complicado se manter em uma equipe do que entrar na F1. Burti citou o exemplo de Felipe Nasr, que chegou no grid com patrocinadores fortes e conquistou bons resultados. Porém, após perder o apoio do Banco do Brasil, foi substituído na Sauber por um piloto mais jovem.

Na visão de Luciano Burti, está ficando mais difícil ter uma estabilidade na categoria, principalmente se os resultados iniciais não são excelentes. Enquanto Lewis Hamilton e Max Verstappen dominam o cenário, pilotos como Lando Norris e Mick Schumacher precisam de muito apoio externo para se manterem nas equipes. Além disso, é cada vez mais difícil conseguir bons resultados com a diferença entre os carros da Mercedes e da Red Bull em comparação com as equipes menores, como a Haas.
Superlicença é outro obstáculo

Além de apoio financeiro, os pilotos que sonham em brilhar no automobilismo também precisam se preocupar com algumas burocracias. Uma delas é a Superlicença, requisito para qualquer profissional que queira correr uma etapa da Fórmula 1. O projeto exige, por exemplo, que os pilotos consigam somar 40 pontos, algo que só pode ser alcançado com boas participações em categorias inferiores, como a F2 e a F3.

Isso significa que os pilotos mais jovens precisam de uma boa equipe desde cedo, pois uma boa estrutura faz grande diferença no automobilismo. Apesar disso ser um problema para países que oferecem menos apoio, como o Brasil, Luciano Burti acredita que a Superlicença é algo importante na F1. Na conversa com o pessoal do blog Betway Insider, ele explicou os motivos dessa regra ser tão rígida e eficaz.

Burti defende que os pilotos mais jovens precisam chegar à F1 com uma maior experiência, e a Superlicença exige isso. O crescimento das outras divisões, principalmente a Fórmula 2, mostrou ser possível crescer bastante nesses carros menores. Isso significa mais segurança nas pistas, pois os pilotos são promovidos com uma cabeça mais preparada para as etapas da principal categoria. Burti vê tudo isso como algo excelente para o futuro.
Menos brasileiros

Essa nova estrutura da Fórmula 1 dificulta o retorno do Brasil para o grid de largada. Sem nenhum piloto desde 2017, quando Felipe Massa se aposentou, o país não tem investimento o suficiente para conseguir colocar um piloto jovem nas categorias inferiores. Atualmente, apenas Pietro Fittipaldi tem alguma hipótese de correr na F1, pois é o atual piloto reserva da Haas. Porém, a falta de um patrocínio mais forte dificulta a realização desse sonho.

A própria Superlicença é um grande problema para os pilotos brasileiros, pois exige uma maior participação em categorias inferiores, e isso custa mais caro. O lado positivo é que em 2022, a Fórmula 4 Brasil vai acontecer pela primeira vez, e isso pode significar uma mudança no futuro do automobilismo brasileiro.

As opiniões de Luciano Burti na entrevista mostram que a Fórmula 1 não é apenas uma corrida em que o mais habilidoso vence. Na verdade, é uma competição que envolve muito as equipes e também investimentos caros. Esses são elementos que dificultam a vida dos pilotos, sejam eles brasileiros ou estrangeiros.

Escrito por

Erica Franco

Jornalista por formação com mais de 15 anos de experiência em redação geral e automobilística. Passagens pelo caderno "Máquina e Moto" do Jornal Agora São Paulo, Folha online, Jovem Pan, Uol, Mil Milhas, Revista Consumidor Moderno, Portal No Varejo, entre outros. Atualmente dedica-se a função de editora do portal Garagem360, apurando notícias do universo automotivo e garantindo o padrão de qualidade dos conteúdos veiculados.

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